Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Juiz britânico concede ‘direito de morrer’ a mulher que não quer viver sem juventude e beleza

Em decisão incomum, tribunal da Grã-Bretanha permitiu que paciente de 50 anos recuse tratamento necessário para a sua sobrevivência

Por Da Redação
2 dez 2015, 10h20

Em uma sentença incomum, um tribunal da Grã-Bretanha concedeu o direito de uma mulher de 50 anos recusar um tratamento médico necessário para mantê-la viva. Segundo o jornal The Guardian, um juiz aceitou a argumentação da paciente, que alegou que, sem juventude e beleza, sua vida “perderia o brilho”.

De acordo com a publicação, a mulher, identificada apenas como C., tentou se suicidar com uma mistura de remédios e álcool após receber o diagnóstico de câncer de mama, o que provocou uma overdose e desencadeou danos renais graves. Agora, ela se nega a receber um tratamento com hemodiálise que salvaria a sua vida.

Leia também:

Podemos decretar a própria morte?

Um juiz do Tribunal de Proteção britânico considerou que a paciente tem capacidade para tomar suas próprias decisões e de rejeitar o tratamento. “O direito de se negar a receber tratamento se estende a recusar uma medicação que salvaria a vida do paciente se fosse administrada”, disse o magistrado. Segundo ele, o paciente tem o direito de escolher se quer ou não ser tratado, e o tribunal deve interferir somente quando as pessoas “não têm a capacidade mental para decidir aceitar ou rejeitar dito tratamento”, o que não é o caso de C.

Continua após a publicidade

O magistrado também assinalou algumas particularidades da vida da paciente, a qual caracterizou como “impulsiva e egocêntrica”. “Teve quatro casamentos, várias aventuras e gastou o dinheiro de seus maridos e amantes descuidadamente antes de passar a outra situação quando as situações ficavam difíceis ou o dinheiro terminava”, afirmou. O juiz também a considerou uma “mãe indiferente” para suas três filhas e alguém que se importava demais com “juventude e beleza”.

Para chegar a essa conclusão, o juiz se apoiou nas avaliações de psiquiatras e de psicólogos e nos depoimentos das filhas da paciente. Uma delas disse que sua mãe não queria ser “pobre, feia ou velha”. “Para ela, o mais importante na vida é seu estilo de vida glamouroso”, disse.

(Com agência EFE)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.