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Juiz argentino ordena a prisão da líder das Mães da Praça de Maio

Entretanto, a polícia foi impedida de prender Hebe de Bonafini por causa da multidão que se aglomerou em frente da sede da organização

Por Da redação
Atualizado em 30 jul 2020, 21h02 - Publicado em 4 ago 2016, 20h48

Um juiz ordenou nesta quinta-feira a detenção da líder da organização argentina Mães da Praça de Maio, Hebe de Bonafini, que se negou a se apresentar para depor pela segunda vez em um caso de suposto desvio de recursos públicos. O objetivo do juiz Marcelo Martínez de Giorgi era deter a ativista na noite desta quinta para obrigá-la a prestar depoimento na sexta.  No entanto, diante da multidão que se aglomerou em frente da sede da organização em apoio à ativista, a polícia não pôde efetuar a prisão.

O pedido de detenção coincidiu com o momento em que, toda quinta-feira, as idosas se dirigem à Praça de Maio, no centro de Buenos Aires. Com as cabeças cobertas com lenços brancos, elas fazem uma emotiva caminhada com uma grande bandeira, que este ano traz os dizeres: “A falta de trabalho também é um crime”.

“Se tiverem que me prender, que me prendam”, desafiou a veterana ativista, de 87 anos, apoiada por uma multidão na praça de Buenos Aires, onde marcha há 40 anos pedindo justiça pelos filhos desaparecidos na ditadura militar argentina (1976-83).

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“Poderão nos prender, mas não poderão prender o pensamento”, disse Bonafini a centenas de seguidores e vários ex-ministros do gabinete da ex-presidente Cristina Kirchner (2007-2015).

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Além do pedido de prisão, o juiz proibiu Hebe de Bonafini de sair do país.

Investigação

O juiz Martínez de Giorgi investiga supostas irregularidades no processo de construção de moradias sociais do programa Sonhos Compartilhados das Mães da Praça de Maio, que contou com financiamento do Estado durante os governos de Néstor e Cristina Kirchner (2003/2015).

O programa, um gigantesco empreendimento que construía milhares de casas, escolas e centros médicos em bairros carentes, foi cortado em 2011 após um escândalo causado por denúncias de corrupção envolvendo o plano que chegou a administrar 170 milhões de dólares (equivalente a meio bilhão de reais).

 

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