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Jovem é baleada na cabeça e morre durante protestos em Mianmar

Organizações de direitos humanos afirmam que ela foi atingida por tiro disparado pelas forças de segurança, que reprimem atos contra o golpe militar

Por Da Redação
Atualizado em 19 fev 2021, 09h32 - Publicado em 19 fev 2021, 09h14

Uma jovem foi atingida por um tiro na cabeça durante um protesto em Naipyido, em Mianmar, e morreu nesta sexta-feira, 19, no hospital onde estava internada. A morte de Mya Thwe Thwe Khine é a primeira de um manifestante como resultado da violência exercida pelas forças de segurança contra os atos que se espalharam por todo o país para mostrar sua rejeição ao golpe de Estado do Exército ocorrido no início do mês.

Mya Thwe Thwe Khine, de 20 anos, que estava internada em estado crítico em um hospital da capital, morreu hoje após ter sido retirada da assistência vital às 11h15 (hora local) com a permissão de sua família, informou seu médico à ONG Human Rights Watch (HRW). A jovem foi atingida por um tiro na cabeça disparado por uma submetralhadora do tipo Uzi, enquanto protestava contra a junta militar.

De acordo com a análise de vídeos e fotos feitas por várias organizações humanitárias, a jovem caiu ao chão ao ouvir um tiro enquanto se afastava da linha de frente de uma manifestação que estava sendo interrompida pela polícia utilizando canhões d’água.

Embora o Exército tenha afirmado que apenas armas não letais foram utilizadas naquele protesto, tanto a Anistia Internacional como a HRW certificaram que a jovem foi atingida na cabeça por munições reais disparadas pelas forças de segurança. Após sua morte, o corpo da jovem, que completou 20 anos enquanto estava internada, foi levado do hospital para a casa funerária.

A irmã da vítima, que também confirmou a morte aos meios de comunicação locais, apelou para que “o povo continue a revolução até que ela seja bem sucedida”.

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“Os incidentes que levaram à sua morte e as alegações de que a polícia de Mianmar usou munição real devem ser investigados. Acima de tudo, deve haver uma forte condenação internacional e duras consequências contra a junta militar”, disse Manny Maung, pesquisadora da HRW, em sua conta do Twitter.

A morte da jovem ocorreu enquanto os protestos continuam em todo o país contra o golpe militar e para exigir a libertação da líder eleita, Aung San Suu Kyi, presa junto com parte do governo no início do mês.

A junta militar respondeu ao movimento de desobediência civil com o destacamento de soldados nas ruas, diariamente a realização dos cortes de internet à noite e várias leis que minaram os direitos dos cidadãos.

(Com EFE)

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