Jornalistas que escaparam da Síria chegam à França
Edith Bouvier e William Daniels foram recebidos por Nicolas Sarkozy
Os jornalistas franceses Edith Bouvier e William Daniels, que conseguiram escapar da cidade síria de Homs na quinta-feira, chegaram nesta sexta-feira a uma base militar nos arredores de Paris em um avião munido de equipamentos médicos. Edith, jornalista do Le Figaro, e Daniels, fotógrafo que a acompanhava como enviado especial, chegaram ao aeroporto de Villacoublay por volta das 18 horas (horário local, 14 horas em Brasília) e foram recebidos pelo presidente da França, Nicolas Sarkozy.
Entenda o caso
- • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março para protestar contra o regime de Bashar Assad, no poder há 11 anos.
- • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança, que já mataram mais de 9.400 pessoas no país.
- • A ONU alerta que a situação humanitária é crítica e investiga denúncias de crimes contra a humanidade por parte do regime.
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A repórter ficou ferida na perna em um bombardeio registrado no dia 22 de fevereiro contra um edifício que estava sendo utilizado como centro de imprensa no bairro de Baba Amr, na cidade de Homs. Nesse mesmo ataque, foram mortos o fotógrafo independente francês Rémi Ochlik e a repórter americana Marie Colvin, que trabalhava para o britânico The Sunday Times, enquanto o fotógrafo britânico Paul Conroy ficou ferido.
Sarkozy – Na base militar à qual os jornalistas chegaram, o presidente francês prestou homenagem “à coragem de Edith e ao ânimo quase cavalheiresco de Daniels, que jamais a abandonou, apesar de estar ileso e de que podia ter tido oportunidades para fugir”. Sarkozy também falou sobre Ochlik, afirmando que está fazendo todo o possível para recuperar seu corpo e repatriá-lo.
“As autoridades sírias terão de prestar contas de seus crimes perante à jurisdição penal internacional. Os crimes que cometeram não ficarão impunes”, afirmou o presidente, que aproveitou seu discurso para agradecer a ajuda prestada à França pelas autoridades libanesas. O presidente e candidato à reeleição também agradeceu a disposição mostrada pelas autoridades russas e elogiou “a coragem de todos os democratas sírios que acompanharam Edith e Daniels até a fronteira libanesa”.
(Com agência EFE)