Jornalistas do NYT lançarão livro sobre escutas ilegais
Obra dos repórteres investigativos Sarah Lyall e Don van Natta, relato será publicado pela Times Books
Uma dupla de jornalistas do The New York Times escreverá um livro sobre o escândalo das escutas ilegais do extinto tabloide britânico News of the World, propriedade da gigante da comunicação News Corp., presidida pelo magnata Rupert Murdoch. O livro será uma narração sobre “a cultura dos grampos telefônicos, subornos e cerco a policiais e políticos” do News of the World e outros veículos da News Corp., informou, nesta terça-feira, a editora Times Books, em comunicado de imprensa.
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Entenda o caso
- • O tabloide News of the World recorria a detetives e escutas telefônicas em busca de notícias exclusivas
- • Entre as vítimas dos grampos estão celebridades, políticos, membros da família real e até parentes de soldados mortos
- • Policiais da Scotland Yard também teriam sido subornados para fornecer informações em primeira mão aos jornalistas
- • O escândalo forçou o fechamento do jornal sensacionalista, que circulou por 168 anos e era um dos veículos do grupo News Corp., do magnata Rupert Murdoch
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“O relato, ainda sem título, explicará a gênese do escândalo, como se desenvolveu e seu alcance cada vez maior”, acrescentou a editora que, por enquanto, não confirmou a data de lançamento. A Times Books declarou que o livro será escrito por Sarah Lyall e Don van Natta, dois veteranos repórteres investigativos do The New York Times. Sarah, correspondente do jornal nova-iorquino em Londres, já publicou uma biografia da atual secretária de Estado americana, Hillary Clinton, enquanto Natta trabalha para a delegação do diário em Miami.
A Times Books, antiga editora do NYT e agora propriedade do grupo Macmillan, é dona também da Faber & Faber, que recentemente anunciou que publicaria Hack Attack, de Nick Davies, o jornalista britânico do jornal The Guardian que descobriu as escutas do News of the World. A controvérsia obrigou Murdoch a ordenar o fechamento do tabloide, pedir desculpas e retirar uma oferta para comprar o canal de televisão por assinatura BSkyB, na Grã-Bretanha, onde o escândalo atingiu inclusive o primeiro-ministro, David Cameron, e provocou demissões na Scotland Yard.
(Com agência EFE)