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Jornalistas da agência EFE são libertados na Venezuela

Os três repórteres cobriam protestos em Caracas; outros dois jornalistas franceses, um produtor e um motorista venezuelanos ainda estão sob custódia

Por Da Redação
31 jan 2019, 15h56

Os três jornalistas da agência de notícias EFE que foram presos  pelo Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin), da Venezuela, foram libertados nesta quinta-feira, 31.  Os colombianos Maurén Barriga e Leonardo Muñoz e o espanhol Gonzalo Domínguez haviam sido presos na quarta-feira 30.

O motorista que acompanhava Muñoz, José Salas, de nacionalidade venezuelana, ainda está preso na sede do Sebin, conhecida como Helicoide, no oeste de, Caracas. Dois jornalistas franceses e um produtor venezuelano presos nas proximidades do Palácio presidencial de Miraflores também continuam detidos.

Os correspondentes libertados nesta quinta-feira se encontraram com o cônsul da Espanha em Caracas, Julio Navas, que já confirmou que todos estão bem.

Os repórteres foram levados de manhã à sede do Serviço Administrativo de Identificação, Migração e de Estrangeiros (Saime), no centro de Caracas, onde foram submetidos a um exame médico.

O fotógrafo Muñoz foi preso na quarta-feira detarde quando acompanhava Salas na cobertura dos protestos convocados pela Assembleia Nacional, composta basicamente por opositores do presidente Nicolás Maduro.

O paradeiro de ambos só foi divulgado às 21h30 (horário local; 23h30 de Brasília) quando o Sebin prendeu os outros dois correspondentes. Maurén e Domínguez eram esperados por cinco agentes do Sebin fortemente armados no hotel onde estavam hospedados, no leste de Caracas, e foram levados à sede do Helicoide.

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A falta de credenciamento foi o argumento do Sebin para prender os correspondentes.

No entanto, na chegada dos profissionais ao aeroporto venezuelano, os mesmos informaram ao Sebin e aos funcionários de migração da Venezuela que trabalhariam como jornalistas para reforçar a equipe da Agência EFE em Caracas, e tiveram a entrada no país permitida.

A prisão dos repórteres foi muito criticada pela comunidade internacional e por organizações de defesa dos direitos de jornalistas. Os governos da Espanha, Colômbia e França se pronunciaram e exigiram a libertação imediata de seus cidadãos.

O secretário-geral da ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF), Christophe Deloire, também denunciou as prisões. “São detenções extremamente inquietantes em um momento crucial. Já conhecemos as práticas do regime de Nicolás Maduro em matéria de detenções arbitrárias”, ressaltou.

Outras prisões

Além dos jornalistas da agência espanhola, os franceses Pierre Caillé e Baptiste des Monstiers, repórteres do Quotidien, um popular programa do canal de televisão TMC, foram presos quando gravavam imagens dos arredores do Palácio presidencial de Miraflores na quarta.

O produtor venezuelano que os acompanhava, Rolando Rodríguez, também foi detido. Nenhum dos três foi libertado até agora.

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Na terça-feira à noite também foram detidos nas proximidades de Miraflores dois repórteres do canal público chileno TVN, Rodrigo Pérez e Gonzalo Barahona, junto com os comunicadores venezuelanos Maikel Yriarte e Ana Rodríguez, que os acompanhavam.

O governo de Maduro ordenou a deportação de Pérez e Barahona depois de “inexplicáveis 14 horas de prisão”, informou o chanceler chileno, Roberto Ampuero. Yriarte e Rodríguez foram previamente libertados.

Yriarte disse que as autoridades alegaram que os repórteres estavam em uma “zona de segurança”.

“É o que as ditaduras fazem: pisotear a liberdade de imprensa, silenciar a liberdade com violência. Apenas agradecer pelos nossos compatriotas voltarem ao Chile sãos e salvos”, escreveu Ampuero no Twitter.

(Com EFE e AFP)

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