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Jornalista da BBC se demite por discriminação salarial

Carrie Gracie deixa posto de correspondente na China após descobrir que colegas homens ganhavam cerca de 50% a mais

Por Da redação
Atualizado em 8 jan 2018, 15h01 - Publicado em 8 jan 2018, 14h41

A jornalista da rede britânica BBC Carrie Gracie anunciou nesta segunda-feira sua demissão como correspondente na China em função da discriminação salarial entre homens e mulheres no consórcio dos meios de comunicação públicos britânicos.

Em artigo publicado em seu blog, Gracie falou da crise de confiança que a BBC vive desde que se viu obrigada no ano passado a revelar os salários de seus funcionários mais bem remunerados. “Os dados mostraram uma indefensável brecha salarial entre homens e mulheres que fazem o mesmo trabalho”, escreveu. Gracie abandonará o posto como editora na China e voltará para Londres, onde afirmou que espera receber um salário equivalente ao de seus colegas homens.

Segundo os dados difundidos em julho passado, dois terços do pessoal que ganha mais de 150.000 libras por ano (cerca de 655.000 reais) eram homens. No texto, Gracie escreveu que a rede possui quatro editores internacionais, dois homens e duas mulheres, mas que apenas em julho descobriu que os dois homens ganhavam cerca de 50% a mais que as duas mulheres.

A jornalista recordou que cerca de 200 funcionárias da BBC apresentaram queixas sobre seus salários.

A BBC propôs aumentar o salário de Gracie, que recebia 135.000 libras (590.000 reais) anuais por seu cargo como editora na China, para 180.000 libras (787.000 reais) anuais. Mas a jornalista negou, afirmando que seu interesse não era em receber um salário maior, mas sim ter um salário equivalente ao de seus colegas homens.

Diversas jornalistas saíram em defesa de Gracie no Twitter através da hashtag #IStandwithCarrie. A outra editora de internacional da rede, Katya Adler, correspondente na Europa, lamentou a saída da colega e disse que sentirá falta da “única outra editora internacional”.

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A demissão de Gracie foi amplamente difundida nos noticiários da BBC, que se defendeu das acusações assegurando que não existe uma discriminação sistemática contra as mulheres em seu serviço. Porém, se comprometeu a atingir a equidade salarial entre os gêneros até 2020.

(Com AFP)

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