John Kerry tenta tranquilizar aliados do Golfo Pérsico sobre acordo com Irã
O secretário de Estado americano não irá passar por Israel nesta viagem e o diálogo diplomático de Washington com Tel Aviv está atualmente fragilizado
O secretário de Estado americano, John Kerry, se reuniu nesta segunda-feira no Catar com os ministros de Relações Exteriores do Conselho de Cooperação do Golfo, o bloco das seis nações árabes sunitas (Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Catar, Bahrein, Kuwait e Iraque), para aliviar as tensões dos países em torno do acordo nuclear com o Irã. Os países árabes temem que o Irã aumente a assertividade na região com o acordo. Outros assuntos também foram abordados, como os conflitos na Síria, Iraque e no Iêmen.
Na abertura do encontro, o ministro de Relações Exteriores do Catar, Khalid al-Attiya, disse que a reunião estava sendo realizada em “circunstâncias e desafios muito excepcionais que temos tido sem precedentes”. “Estamos enfrentando muitos desafios em nossas comunidades e nós estamos com o objetivo de alcançar a paz, a segurança e a estabilidade com a ajuda dos Estados Unidos”, acrescentou.
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Kerry, que não falou enquanto os repórteres estavam presentes, não irá passar para Israel nesta viagem e o diálogo diplomático dos EUA com o atual governo israelense está fragilizado, dado que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu tem sido abertamente contra o acordo nuclear com o Irã. O secretário de Estado reconheceu as preocupações sobre o comportamento do Irã no Oriente Médio, mas disse que seria mais fácil lidar com o Irã para que não desenvolva uma arma nuclear. Ele disse que o acordo atingido por potências mundiais com o Irã em Viena em junho é a melhor maneira de fazer isso.
“O Irã está envolvido em atividades de desestabilização na região e é por isso que é tão importante garantir que o programa nuclear iraniano continua a ser totalmente pacífico”, disse ele no domingo no Egito antes de voar para o Catar. “Não pode haver absolutamente nenhuma dúvida de que o acordo de Viena, se implementado, tornará o Egito e todos os países da região mais seguros do que qualquer outra forma”, completou.
(Da redação)