John Kerry chega a Genebra para participar de negociações com Irã
Representantes de potências ocidentais estão reunidos com autoridades iranianas em Genebra em busca de acordo nuclear
O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, chegou neste sábado a Genebra para participar da etapa final das negociações com o Irã sobre o programa nuclear do país. Kerry se unirá aos outros representantes do grupo 5+1, formado pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido) e pela Alemanha. Os países negociam desde a última quarta-feira um acordo com o governo iraniano, que é acusado de esconder fins militares em seu programa de desenvolvimento nuclear civil.
Pouco antes de Kerry, chegou a Genebra o ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius. “Na questão nuclear, desejo um acordo, mas um acordo sólido e estou aqui para trabalhar nisso”, disse, ao entrar no hotel no qual as delegações estão hospedadas. Nas próximas horas, deverão chegar ao local os responsáveis pelas relações exteriores da China, Reino Unido e Alemanha.
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As negociações, que estavam previstas para durar três dias, se prolongaram até este sábado e espera-se que as autoridades possam dar um impulso final para o acordo. O único ponto chave que ainda está em aberto é o referente ao reator nuclear de Arak, localizado no oeste do país, uma usina que está em construção há vários anos e que as autoridades do Irã afirmam que tem propósitos médicos. Entretanto, ela também produzirá plutônio, um elemento que pode ser usado para a fabricação de armas nucleares.
As negociações foram interrompidas na madrugada deste sábado (23 horas desta sexta-feira no horário de Brasília) e retomadas às 7h30 locais (4h30 de Brasília).
Ameaça – Nesta semana, o Senado americano ameaçou pressionar o Irã com novas sanções caso o país persa não chegue logo a um acordo com os Estados Unidos sobre o fim de seu programa nuclear. Congressistas pretendem votar até dezembro novas restrições ao governo iraniano, contrariando a vontade de Barack Obama, que pediu mais tempo para as negociações.
(Com agência EFE)