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Jihad islâmica quer ‘equilíbrio de terror’ com Israel

Por Por Adel ZAANOUN
17 mar 2012, 10h39

A Jihad islâmica criou um “equilíbrio do terror” ao forçar “um milhão de israelenses a permanecerem em abrigos” durante o último confronto armado com Israel, comemora um chefe militar do movimento radical, Abou Ibrahim, em uma entrevista à AFP.

Seu braço armado, as Brigadas Al-Qods, que reivindicaram a maioria dos disparos contra Israel, possui foguetes capazes de atingir Tel Aviv, contou Abou Ibrahim à um jornalista da AFP em um local secreto de Gaza.

“O que nós queremos com os foguetes não é matar israelenses, mas um equilíbrio do terror”, explicou este importante comandante das Brigadas Al-Qods, na presença de dois guarda-costas armados.

“O fato de um milhão de israelenses serem forçados a ficar em abrigos e sofrer com o nosso povo é mais importante para nós do que as mortes”.

Dos dias 9 a 13 de março, a população do sul de Israel permaneceu confinada em abrigos e as escolas tiveram que ser fechadas até a sexta-feira. Este confronto resultou na morte de 25 palestinos, entre eles 14 combatentes da Jihad islâmica, e uma chuva de projéteis sobre Israel.

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“Se os ocupantes atacarem qualquer líder do grupo se palestino ou qualquer cidadão, as Brigadas responderão com força e vão ampliar o círculo de resposta além de Ashdod”, cidade israelense a 35km da Faixa de Gaza, advertiu Abu Ibrahim.

As Brigadas Al-Qods “desenvolveram foguetes de longa distância e, caso a agressão continue, poderão utilizá-los para atingir cidades bem além de Ashdod”, insistiu, em alusão a região de Tel Aviv, onde vive quase a metade da população israelense.

Eles expandiram seu arsenal por explorar “as oportunidades oferecidas pelas revoluções, especialmente a queda do regime egípcio, mas não é fácil de transportar armamento avançado para Gaza”, reconhece Abu Ibrahim.

O braço armado da Jihad Islâmica tem “milhares” de mísseis, conta, ressaltando que “70% são fabricados localmente por um grupo especializado.

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Abu Ibrahim negou qualquer tensão com o Hamas, no poder em Gaza, cujos combatentes não estavam envolvidos no mais recente confronto. “As Brigadas operam livremente”. “Esperamos a participação do Hamas devido à sua importância, especialmente quando percebemos que nós entregamos uma verdadeira batalha para o ocupante” Israel.

Contudo, revelou que o Hezbollah xiita libanês é “um apoio fundamental das Brigadas, principalmente para o treinamento dos combatentes”.

Abou Ibrahim afirmou que eles não recebem armas do Irã.

“Nós somos apenas uma gota no mar e o Irã não precisa de nós, é um país forte militarmente”, respondeu sobre a perspectiva de uma operação americana ou israelense contra o Irã, que ele julgou “improvável em razão das condições regionais”.

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“Nosso combate fundamental é na Palestina”, recordou o comandante, “mas se o inimigo sionista atacar o Irã e Gaza simultaneamente, nós responderemos com a força”.

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