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Jeb Bush ou a incrível história do favorito que encolheu

Com apenas um dígito nas pesquisas, o irmão e filho de ex-presidentes americanos parece atordoado diante do fenômeno Donald Trump. Resta pouco tempo para reagir

Por Da Redação 28 jan 2016, 15h29

Jeb Bush partiu como um dos favoritos na corrida para a Casa Branca. Hoje, ele aparece com apenas um dígito (entre 3 e 4%) nas pesquisas de intenção de voto para escolher o candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos. E o que já está ruim ainda fica pior: o líder das enquetes, o magnata Donald Trump, ridiculariza Jeb por sua “falta de energia”. Ele chegou a incentivá-lo a usar seu sobrenome para subir nas pesquisas – algo que Jeb, filho de George Bush e irmão de George W. Bush, vem evitando.

Analistas políticos americanos condicionam a “sobrevivência” de Jeb a um grande teste: a primária em New Hampshire, em 9 de fevereiro. O clima da campanha atual, com uma forte carga antissistema, não é propício para Jeb Bush, ex-governador da Flórida e identificado com uma família que tem tradição na política. Tanto Trump como o segundo colocado nas pesquisas, o senador Ted Cruz, direcionam seus discursos para a rejeição ao sistema político tradicional – algo que até agora vem agradando os eleitores.

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Inicialmente, a candidatura de Jeb Bush parecia promissora. Há cerca de um ano, os amigos do republicano arrecadaram mais de 100 milhões de dólares (400 milhões de reais) antes mesmo de sua declaração formal de candidatura, em 15 de junho de 2015. No dia seguinte, Donald Trump anunciou sua entrada na corrida, bagunçando as primárias e desorientando até mesmo o próprio Partido Republicano.

As primárias vão se estender por vários meses em todos os Estados, mas o início em Iowa, em 1º de fevereiro, e depois em New Hampshire, em 9 de fevereiro, é essencial, porque estas consultas iniciais são o primeiro teste eleitoral real, depois de meses de pesquisas virtuais. Os dois Estados são muitas vezes utilizados para eliminar os candidatos mais fracos. Jeb Bush aparentemente abandonou Iowa para trabalhar por um bom desempenho em New Hampshire, onde reforçou suas equipes. É neste Estado que ele aparece em melhor posição, com uma média de 9% das intenções de voto, de acordo com o site especializado RealClearPolitics.

Os partidários de Jeb Bush lamentam que ele não tenha atacado Trump de maneira mais direta e incisiva. Para o consultor político Stuart Stevens, assessor do candidato republicano Mitt Romney em 2012, Jeb Bush deveria ter atacado Donald Trump desde o início, em vez de atacar seus rivais de centro-direita, incluindo o senador Marco Rubio, terceiro nas pesquisas nacionais. “Não há nada de vergonhoso em perder uma eleição presidencial”, disse Stevens. “Mas fazer uma campanha e perder ajudando a pessoa que representa tudo o que você se opõe no Partido Republicano e na vida, seria uma tragédia”, completa.

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Todos contra Trump – Bush não é o único a ter sido marginalizado por Donald Trump. Os governadores de Nova Jersey, Chris Christie, e Ohio, John Kasich, também têm a intenção de reunir os “eleitores sérios”, aqueles que eles acreditam ser anti-Trump, e baseiam a sua estratégia num sucesso em New Hampshire. “O establishment republicano está apoplético frente a Trump e Cruz”, afirma o professor Steffen Schmidt, da Universidade Estadual de Iowa, que acompanha as eleições presidenciais há 40 anos.

(Com AFP)

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