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Japoneses recordam seis meses de terremoto e tsunami

Cerca de 3 000 pessoas protestaram pelo fim da energia nuclear no país

Por Da Redação
11 set 2011, 13h09

Os japoneses recordaram com orações neste domingo o terremoto seguido de tsunami que aconteceu há exatos seis meses e causou pelo menos 20.000 mortos e desaparecidos. Desde o amanhecer, eram visíveis silhuetas em atitude de prece, em Minamisanriku, uma das aglomerações litorâneas da região nordeste mais afetadas pelo desastre.

Entenda o caso

  1. • Em 11 de março, um tsunami, que se seguiu a um terremoto de 9 graus de magnitude, devastou o nordeste do Japão, resultando na morte de 15.000 pessoas.
  2. • O desastre natural atingiu a usina nuclear de Fukushima e deu origem à mais grave crise atômica desde Chernobyl, em 1986.
  3. • A partir de então, o mundo todo passou na discutir a real necessidade da energia nuclear, com o temor de que uma nova catástrofe possa colocar o mundo em risco.

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No local, ainda é possível ver a destruição deixada pela onda gigantesca de mais de 15 metros que levou o flanco costeiro da cidade, transformada em descampado, por onde vagam sobreviventes de luto. Centenas de pessoas vestidas de preto se reuniram pela manhã em torno da prefeitura de Miyagi para recordar os desaparecidos de Minamisanriku e transmitir conforto.

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“Minha casa desapareceu totalmente. Fugi com minha neta bem antes do tsunami, apenas com o celular e o porta-moedas”, conta uma avó que, desde então, reside a duas horas de estrada de Minamisanriku. “Ninguém pensava que uma onda pudesse alcançar altura semelhante”, suspira.

No distrito de Sendai, Ishinomaki, Rikuzen Takata, Minamisoma e Iwaki, cidades severamente afetadas pelo drama, fez-se um minuto de silêncio às 14h46, hora exata do terremoto de magnitude 9 que agitou o fundo do Oceano Pacífico, e fez tremer fortemente toda a parte oriental do Japão.

“Ainda são numerosos os que, seis meses depois, ainda não têm um bom lugar para morar e vivem angustiados. Vamos empreender um esforço máximo para reconstruir logo”, disse o primeiro-ministro, Yoshihiko Noda.

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Protesto – Também neste domingo, milhares de pessoas pediram ao governo japonês o fechamento de todos os reatores atômicos do país aos gritos de “nuclear não”. “A radioatividade não tem fronteiras”, “Do Japão ao mundo: Perdão!” e “Energia atômica, não obrigada” foram alguns dos slogans que se repetiram neste domingo em frente ao Ministério da Indústria na capital, que abriga também a sede da Agência para a Segurança Nuclear do Japão.

Em meio a um forte esquema de vigilância policial, 3 000 pessoas formaram uma rede humana que ordenadamente cercou o prédio e que pediu em coro e com cânticos o julgamento dos responsáveis pela crise e o fechamento definitivo de todas as plantas nucleares do Japão.

(Com agência EFE e France-Presse)

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