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Japão prende o último membro foragido da seita que jogou gás sarin no metrô

Por Por Gaël Branchereau
15 jun 2012, 10h58

O último membro foragido da seita Aum foi presos nesta sexta-feira em Tóquio, 17 anos depois do atentado com gás sarin que deixou 13 mortos e centenas de intoxicados no metrô da capital nipônica. Até o momento, já foram pronunciadas 13 condenações de morte neste caso.

Katsuya Takahashi, de 54 anos, foi detido em um bairro do sul da capital quando tentava se esconder em um ‘café mangá’, um espaço temático aberto 24 horas por dia, todos os dias do ano, onde os hóspedes podem passar horas lendo revistas, assistindo vídeos, navegando na internet, dormindo e comendo.

“Nós recebemos informações de que um homem parecido com Takahashi estava neste café mangá”, declarou à AFP um porta-voz da polícia.

O homem admitiu ser o procurado por todos os serviços policiais do Japão desde a prisão, no início de junho, de outra ex-membro da Aum, Naoko Kikuchi, na cidade de Sagamihara.

Com a detenção de Kikuchi, uma mulher de 40 anos, foi revelado que os dois mantinham uma relação estreita. A polícia lançou então uma vasta operação na região de Tóquio para encontrar Takahashi.

Sua identidade foi confirmada nesta sexta-feira graças às impressões digitais.

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Em 20 de março de 1995, nas primeiras horas da manhã, membros da Aum Verdade Suprema deixaram bolsas cheias de gás sarin em cinco trens do metrô que se dirigiam à esplanada dos ministérios.

Ao serem perfuradas com a ponta de um guarda-chuva, o gás sarin, mais mortal que o cianeto inventado pelos nazistas, escapou e envenenou mais de 6.000 passageiros.

Antes deste ataque, considerado o pior ato terrorista da história do país, a seita cometeu assassinatos e sequestros, fabricou bombas e armas químicas e espalhou gás sarin na cidade de Matsumoto (centro), em junho de 1994, causando a morte de oito pessoas.

Takahashi e Kikuchi, que agiram com identidade falsa, eram dois dos três membros da Aum que escaparam da polícia após o ataque ao metrô de Tóquio.

O terceiro fugitivo, Makoto Hirata, de 46 anos, entregou-se à polícia no final de dezembro passado e foi condenado por sua participação no sequestro do irmão de um membro da seita que havia abandonado o movimento religioso em fevereiro de 1995, um mês antes dos atentados.

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A justiça japonesa encerrou em novembro 16 anos de trabalhos sobre o ataque em Tóquio ao confirmar a 13ª sentença de morte por enforcamento, de um total de 189 ex-membros julgados.

Nenhuma sentença de morte foi executada até o momento.

O guru da seita, Shoko Asahara, de 57 anos, foi condenado à morte em fevereiro de 2004 por conceber o ataque do metrô, o de Matsumoto, além de ordenar vários homicídios.

A seita Aum, que mistura preceitos budistas e hinduístas em um fundo de visões apocalípticas, foi fundada em 1984 por Shoko Asahara, chamado realmenente de Matsumoto Chizuo, um professor de ioga meio cego, que atraiu 10.000 adoradores.

A seita continua a existir legalmente no Japão, seguida de perto pela polícia e agora chamada de Aleph, a primeira letra do alfabeto hebreu, e desvinculada de seu antigo guru.

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