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Japão constrói torres para enfrentar tsunami de mais de 30 metros

O país prevê que ondas maiores que as mataram 20.000 pessoas em 2011 podem chegar à costa do país nas próximas três décadas

Por Da redação
22 nov 2016, 15h12

O Japão espera ser atingido nas próximas décadas por um grande tsunami de mais de 30 metros de altura no sul do país. Com a memória ainda muito recente do desastre de Fukushima, em 2011, o país corre contra o tempo para erguer torres e rotas de evacuação, muros de contenção e abrigos.

A menos de um quilômetro do litoral de Nankoku, na Prefeitura de Kochi, está uma das 90 torres de evacuação já concluídas na região. Cercada por um cápsula flutuante para resistir a tsunamis, a construção de aproximadamente 20 metros está projetada para abrigar 362 pessoas em seus dois andares, número que inclui os moradores e as crianças que frequentam as escolas próximas.

“Um local de evacuação é muito necessário nesta área, porque não há montanhas, lugares elevados ou edifícios nos quais os moradores possam se proteger”, explicou Manabu Nomura, responsável pela Defesa Civil da província de Nankoku. Cartazes desenhados pelas crianças de Nankoku enfeitam as paredes cinzas de concreto da estrutura que custou mais de meio milhão de euros. “Não olhe para trás, apenas adiante!”, alerta.

Um sino, para alertar a população sobre o risco que se aproxima, fica no topo da edificação. Ao lado, um armazém com cobertores, fraldas, leite em pó para bebês, água e comida. Debaixo da torre, há alicerces de 14,5 metros, equivalente a um edifício de 5 andares, para suportar a estrutura.

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Após o terremoto de magnitude 9.0 na escala Richter, que sacudiu a costa nordeste do Japão há cinco anos, o governo japonês revisou suas estimativas e anunciou os danos previstos que geraria um tremor na fossa de Nankai, no leste, um dos pontos com maior atividade sísmica no mundo. Segundo o estudo, há 70% de possibilidade de que um terremoto de magnitude entre 8 e 9 na escala Richter se origine na fossa de Nankai nos próximos 30 anos. O número de mortos chegaria a 323.000, mais de 2 milhões de imóveis ficariam destruídos e as perdas econômicas representariam mais do que o dobro do orçamento nacional anual.

A província de Kochi (720.000 habitantes), uma das áreas que seriam as mais afetadas segundo as previsões, se transformou em uma referência na luta contra a força natureza e iniciou medidas para as quais destina atualmente 10% de seu orçamento anual. “O que faz a diferença é se você está ou não preparado para o desastre”, afirmou Masanao Ozaki, governador de Kochi.

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Uma das maiores preocupações das autoridades é a falta de conscientização dos moradores diante do perigo que representa um desastre dessas características. Com 720.000 habitantes, a província de Kochi investe anualmente mais de 44 trilhões de ienes (1,3 bilhão de reais) em medidas de preparação e educação do povo sobre como lidar com tremores e ondas.

No caso do terremoto e tsunami de 2011, que causaram cerca de 20.000 mortes e deixaram 470.000 pessoas deslocadas no nordeste do Japão, muitas das vítimas não abandonaram seu lugares porque não acreditavam que estavam em perigo, explicou Nomura. O arquipélago do Japão fica sobre o chamado Círculo de Fogo do Pacífico, uma das regiões sísmicas mais ativas do mundo, e sofre terremotos com relativa frequência.

(Com EFE)

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