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Japão aprova orçamento recorde para defesa militar

Diante da ameaça da Coreia do Norte, governo acredita que país precisa de melhora em seus sistemas antimísseis

Por Da redação
22 dez 2017, 14h41

O governo do Japão aprovou um orçamento de defesa recorde para o ano de 2018, com fundos destinados a sofisticados sistemas de defesa antimíssil e armas que poderiam conduzir ataques preventivos contra bases militares na Coreia do Norte.

O orçamento de 5,19 trilhões de ienes (152 bilhões de reais) é o maior de todos os tempos, com um aumento de 1,3% em relação ao ano passado.

O primeiro-ministro, Shinzo Abe, acabou com os cortes no orçamento militar do país quando assumiu o poder no final de 2012. Nos últimos anos, o pacote de fundos destinados ao sistema de defesa japonês só cresceu.

O premiê e outras oficiais das Forças de Autodefesa do Japão (FAJ) acreditam que precisam de uma melhora rápida e drástica em seus sistemas antimísseis em resposta às ameaças da Coreia do Norte. Para Abe, o desenvolvimento do programa nuclear do regime de Kim Jong-un pode gerar uma “crise nacional”.

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O novo orçamento foi aprovado pelo Parlamento somente alguns dias após o anúncio da compra de modernos sistemas de defesa antimíssil dos Estados Unidos, chamados Aegis Ashore. Por volta de 730 milhões de ienes (21 milhões de reais) foram reservados para a instalação dos novos artefatos, que devem começar a funcionar em 2023 e custarão ao menos 200 bilhões de ienes (5,86 bilhões de reais).

Em meio a pressão de membros mais radicais do conservador Partido Liberal Democrata de Abe, o Japão também irá adquirir mísseis de cruzeiro, que poderiam ser usados em ataques preventivos contra zonas militares norte-coreanas.

O orçamento prevê mais de 2 bilhões de ienes (58,6 milhões de reais) para um míssil de cruzeiro construído na Noruega, que pode alcançar até 500 km. O Japão também planeja comprar projéteis fabricados nos Estados Unidos com um alcance de 900 km.

Os gastos extravagantes em artefatos militares começaram depois que o presidente Donald Trump passou a impulsionar a venda de armas americanas e a pressionar o Japão e a Coreia do Sul a desempenharem papeis mais ativos em sua própria segurança.

As novas medidas japonesas geraram controvérsia, com muitos críticos ao desenvolvimento militar afirmando que o aumento de capacidade viola a constituição nacional. Desde o final da Segunda Guerra Mundial, as leis japonesas proíbem o uso das forças do país para resolver disputas internacionais e restringem as forças militares a um papel puramente defensivo.

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Contudo, membros das Forças de Autodefesa e outros membros do partido de Abe insistem que os mísseis japoneses só serão usados em caso de um ataque norte-coreana iminente, ação que eles insistem que não violaria os princípios “pacifistas” do país.

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