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Japão anuncia plano para criar ‘muro de gelo’ em Fukushima

Quase 500 milhões de dólares devem ser investidos em projeto que inclui congelamento do solo para tentar interromper vazamento de água radioativa

Por Da Redação
3 set 2013, 11h25

O Japão anunciou um investimento de quase 500 milhões de dólares na construção de um ‘muro de gelo’ ao redor da planta nuclear de Fukushima, para tentar interromper o vazamento de água radioativa. A usina foi danificada pelo terremoto seguido de tsunami que atingiu o país em março de 2011. O sistema de refrigeração foi destruído pela onda gigante e água do mar foi bombeada para resfriar os reatores.

O governo está interferindo na crise depois de sugerir que a Tokyo Electric Power Co (Tepco) é incapaz de administrá-la. “Hoje, em vez das medidas paliativas anteriores, reunimos uma base política para conter a questão da água contaminada”, disse o primeiro-ministro Shinzo Abe depois de uma reunião ministerial.

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O plano anunciado nesta terça prevê o congelamento do solo ao redor dos reatores, para evitar que águas subterrâneas entrem em contato com a água contaminada. Este plano já havia sido proposto pela Tepco, mas o governo informou que está tentando acelerar as medidas necessárias para deter a crise. Uma parte do dinheiro será destinada à substituição dos tanques de armazenamento de água.

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Um ex-operador de usina nuclear, o engenheiro Michael Friedlander, afirmou à rede americana CNN que o congelamento do solo é “uma boa solução como uma correção temporária”, até que o vazamento sob os reatores seja permanentemente selado.

O governo japonês, contudo, descreve o ambicioso plano como “sem precedentes”. A tecnologia já foi usada na construção de túneis, mas nunca na escala que a planta de Fukushima vai exigir. Também nunca foi usada pelo período de anos ou mesmo décadas que os especialistas acreditam que será necessário para lidar com o problema.

Os danos na usina exigem constante bombeamento de água para resfriar os reatores – um processo que cria 400 toneladas extras de água contaminada a cada dia, segundo a rede britânica BBC. Essa água está sendo armazenada em tanques temporários no local. No mês passado, a operadora do complexo afirmou que 300 toneladas de água altamente radioativa havia vazado de um dos tanques.

No início desta semana, a Tepco informou que os níveis de radiação na planta nuclear são 18 vezes mais altos que o imaginado, e seriam fortes o suficiente para matar uma pessoa exposta à radiação por um período de quatro horas. A diferença foi detectada depois que a empresa passou a usar um equipamento de leitura de radiação com maior capacidade, segundo a BBC.

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A liberação de dinheiro público para enfrentar a crise ocorre no momento em que o país se candidata a sede dos Jogos Olímpicos de 2020. O desastre na usina é considerado o segundo pior acidente nuclear da história, depois do de Chernobyl, na União Soviética, em 1986.

Inspeção – Um dos dois reatores nucleares ainda em funcionamento no Japão foi desligado nesta terça para passar por inspeções obrigatórias. A unidade 3 da usina de Kansai foi desligada e a unidade 4 deverá ser desligada no final deste mês, também para inspeções. Dezenas de reatores foram sendo desativados no país depois do acidente em Fukushima e usá-los novamente ainda é um tema controverso, que está sendo estudado pelo governo.

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