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James Murdoch insiste que não sabia de alcance das escutas

Por Da Redação
10 nov 2011, 15h09

Londres, 10 nov (EFE).- O empresário James Murdoch reiterou nesta quinta-feira no Parlamento britânico que desconhecia o alcance das escutas ilegais praticadas pelo jornal dominical ‘The News of the World’, apesar dos ex-diretores afirmarem o contrário.

Em declaração ao Comitê de Cultura, Meios de Comunicação e Esportes da Câmara dos Comuns, Murdoch afirmou desconhecer o conteúdo de um controvertido e-mail que circulou em 2008 no qual se entendia que o hábito de usar grampos era prática do jornal.

Esta é a segunda vez que James Murdoch comparece ao Parlamento, após depor junto com o seu pai, Rupert Murdoch, em julho, quando disse desconhecer que a prática dos grampos era usual.

O ex-diretor do ‘The News of the World’ Colin Myler e o ex-responsável legal do ‘News International’ Tom Crone questionaram a primeira versão de Murdoch sobre os e-mails.

O empresário foi convocado pela segunda vez pelo comitê pelas inconsistências encontradas em seu primeiro depoimento e depois das afirmações de Myler e Crone, que disseram que Murdoch sabia do conteúdo do e-mail.

A mensagem em questão especificava que as escutas não eram exclusivas de um único jornalista, que no caso investigava um diretor da Federação de Futebol.

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Em abril de 2008, James Murdoch autorizou uma grande indenização a Gordon Taylor, diretor da Federação, depois que este entrou com medidas legais contra o jornal por ter tido seu telefone grampeado.

Segundo Myler e Crone, James Murdoch se ‘equivocou’ ao depor em julho sobre o litígio com Gordon Taylor, pois já havia sido informado da existência do e-mail que fazia referência aos grampos.

‘Provas ou suspeitas que algo ilegal era recorrente (…) nada disso foi mencionado’, disse Murdoch nesta quinta-feira em referência à reunião que teve com Myler e Crone.

O jornalista envolvido na polêmica era Clive Goodman, que afirmava no e-mail que o uso de escutas era ‘extensamente’ debatido nas reuniões editoriais do tabloide.

Em 2007, Goodman passou quatro meses na cadeia por grampear os telefones com a ajuda de um detetive, Glenn Mulcaire, que também foi preso.

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O ‘News of the World’, que foi fechado em julho, praticou durante anos, aparentemente de forma sistemática, a espionagem de telefones celulares de famosos, jornalistas e personalidades.

A prática se tornou pública em 2006, mas a investigação foi arquivada. Porém, em janeiro deste ano a polícia retomou a apuração do caso.

A situação do empresário se agravou este ano quando foi comprovado que telefones de parentes de mortos em crimes, ataques terroristas e nas guerras do Iraque e Afeganistão também foram grampeados.

A Polícia Metropolitana de Londres prossegue a investigação do caso de escutas ilegais cometidos por jornalistas do tabloide. EFE

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