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“Já me mataram não sei quantas vezes”, diz Fidel em entrevista inédita

Por Ho
10 set 2011, 12h05

“Já me mataram não sei quantas vezes”, afirmou o líder cubano Fidel Castro numa gravação de áudio divulgada na sexta-feira pela TV oficial venezuelana, em uma entrevista ao apresentador venezuelano Mario Silva, que viajou a Havana para realizá-la e calar os boatos sobre a deterioração do estado de saúde do ex-presidente de Cuba.

O áudio e as fotos da entrevista foram divulgados no programa “La Hojilla”, da rede VTV.

“Também já prepararam minha morte, mas todos os planos fracassaram, apesar de não haver nada mais fácil do que me liquidar”, ironizou Fidel, em resposta a uma série de rumores que circularam nos últimos dias, segundo os quais teria sofrido derrame cerebral e até já estaria morto.

Fidel Castro publicou um último artigo no dia 3 de julho, com algumas imagens divulgadas 20 dias depois. A partir daí, não houve nenhuma outra manifestação pública, o que alimentou as especulações.

Na entrevista, o apresentador e Fidel, que aparentemente gravam na casa do líder, em Havana, conversam sobre diversos assuntos, como o problema do narcotráfico no México, a crise econômica na Europa e a revolução cubana.

Nas fotos, Fidel Castro aparece de calças verdes e um abrigo esportivo branco.

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“Não houve derrame nem nada, é um homem lúcido”, comentou Mario Silva em seu programa.

Depois de 48 anos no poder, Fidel, acometido de doença grave, passou o comando ao irmão Raúl, em 31 de julho de 2006, marcando o fim de uma era na história da ilha, de 11 milhões de habitantes.

Raúl impulsiona 300 medidas avalizadas em abril pelo VI Congresso do Partido Comunista (PCC), que incluem a abertura ao setor privado e ao capital externo, além dos cortes de um milhão de empregos e dos subsídios concedidos, desmontando o Estado paternalista de Fidel.

Consagrando as reformas, Fidel causou impacto há um ano com a frase “o modelo cubano já não funciona nem sequer para nós mesmos”.

Homem das tribunas e dos discursos quilométricos, Fidel dedicou-se a escrever artigos na imprensa sobre os problemas mundiais – já somam 361 – a partir de seu retiro, na casa da zona oeste de Havana, onde vive com a mulher Dalia Soto del Valle.

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“Apesar do afastamento, mantém a liderança dentro e fora de Cuba.

Filho de um imigrante galego latifundiário com uma camponesa cubana, nasceu em Birán (sudeste), sendo o único sobrevivente dos protagonistas da Guerra Fria e uma das figuras mais polêmicas do século XX.

Governou sempre confrontado aos Estados Unidos, sendo considerado por seus seguidores um revolucionário humanista e, pelos opositores, um ditador.

Inimigos em Miami e Washington apostavam que a revolução em Cuba desapareceria quando morresse. Mas sua doença levou a uma sucessão em vida que criou um cenário não previsto por ninguém.

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