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Itamaraty demite diplomata acusado de violência contra mulheres

Preso ontem por ter espancado sua mulher, Renato de Ávila Viana foi liberado depois de pagar fiança; ele responde a dois processos criminais

Por Denise Chrispim Marin
Atualizado em 20 set 2018, 21h39 - Publicado em 20 set 2018, 13h19

O diplomata Renato de Ávila Viana foi demitido pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE), ao final de um longo processo administrativo sobre acusações de agressão a duas ex-namoradas e liberação indevida de verba pública. A decisão foi publicada na edição desta quinta-feira, 20, do Diário Oficial da União (DOU).

Na quarta-feira, 19, quando sua decisão já estava tomada pela cúpula do Itamaraty, ele foi detido pela Polícia Militar. Os vizinhos haviam ouvido os gritos e denunciado o diplomata por agressões a sua mulher. Vídeo publicado no mesmo dia pelo blog Grande Angular, do site Metrópoles, que revelou o caso, mostra o momento em que policiais militares arrombaram a porta do apartamento para prender Viana – levado à 5a Delegacia de Polícia, na área central de Brasília, ele foi liberado depois de pagar fiança de R$ 1.000.

Viana responde ainda por dois processos criminais por espancamento de suas ex-namoradas na Justiça de Brasília. 

O caso chocou a diplomacia brasileira e resultou na mobilização de mulheres diplomatas e oficiais e assistentes de chancelaria. Uma de suas vítimas relata ter perdido um dente ao ser golpeada pelo diplomata, no ano passado, e passado por uma cirurgia plástica reparadora. Ele respondera a outros dois processos administrativos por causa de suas agressões antes de enfrentar a Corregedoria do Serviço Exterior, o órgão que investiga denúncias contra funcionários do Itamaraty.

 Por meio de nota, a Associação dos Diplomatas do Brasil (ADB-Sindical) reiterou “seu veemente repúdio a quaisquer atos de violência e discriminação contra as mulheres”. Como em outros recentes casos de demissão de diplomatas, o Itamaraty manteve-se em silêncio.

Primeiro-secretário na carreira diplomática, Viana formou-se em Direito pela Universidade de São Paulo antes de ingressar no Itamaraty. A nota de publicada no DOU detalha que sua demissão teve como base o desrespeito aos termos das leis que regem o serviço público federal. Segundo o Diário Oficial, ele incorreu em improbidade administrativa, por liberar recursos públicos sem observar as normas, desrespeitado os usos e costumes do país onde serviu, não mantido comportamento correto e decoroso na vida pública e privada nem conduta compatível com a moralidade administrativa, entre outros.

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