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Itália estuda conceder cidadania aos filhos dos estrangeiros

Hoje, os descendentes que nasceram no país são considerados estrangeiros

Por Da Redação
23 nov 2011, 06h36

Atualmente, filhos de estrangeiros nascidos na Itália só podem pedir a cidadania quando completam 18 anos – e têm de provar residência

O novo ministro de Cooperação e Integração italiano, Andrea Riccardi, anunciou que está em estudo uma lei para conceder cidadania aos filhos de pais estrangeiros nascidos na Itália. O presidente italiano, Giorgio Napolitano, levantou na terça-feira o debate ao classificar de “loucura” e de “absurdo” que as crianças que nascem na Itália filhas de pais estrangeiros não sejam consideradas italianas.

Em entrevista publicada nesta quarta nos jornais La Repubblica e L’Avvenire, Riccardi explicou que é preciso começar a pensar em uma lei sobre a cidadania e acrescentou que os filhos de imigrantes são parte do futuro da Itália e sem eles o país está destinado ao declive. Como explicou o novo ministro, fundador da Comunidade de São Egídio, “os nascidos na Itália juridicamente estrangeiros são cerca de 500.000 e os menores residentes são quase 1 milhão”.

A atual lei sobre a cidadania segue o conceito de Ius Sanguinis, ou seja, o direito de sangue significa que só as crianças nascidas de pai ou mãe naturais da Itália podem ser consideradas cidadãs do país. Quando completam 18 anos podem pedir a cidadania, mas precisam demonstrar que viveram sempre na Itália desde o nascimento.

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Transição – A possibilidade de mudar dita lei poderia ser a primeira medida social aprovado pelo novo governo de tecnocratas presidido por Mario Monti, que substituiu o de Silvio Berlusconi. Esta possibilidade foi apoiada pelo chamado Terzo Polo, que inclui os partidos de centro e democratas-cristãos, o Partida Democrata e a Itália de Valores (IDV).

O partido de Berlusconi, Povo da Liberdade (PDL), anunciou que é contrário à aprovação no Parlamento e criticou a possibilidade ao considerar que o governo de Monti foi designado somente para tratar de temas econômicos com o objetivo de tirar o país da crise. Ainda mais duros se mostrou a Liga Norte, que ameaçou com manifestações se for aprovada essa emenda à Constituição que consideram que se trata de um “cavalo de tróia”, cujo passo seguinte é dar voto aos imigrantes.

(Com agência EFE)

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