Itália encerra busca de desaparecidos do Costa Concordia
Deformidades no navio colocariam em risco a vida dos mergulhadores
A busca pelos corpos das pessoas desaparecidas no naufrágio do Costa Concordia na parte imersa do navio foi definitivamente encerrada nesta terça-feira em prol da segurança dos mergulhadores, indicaram os bombeiros da Defesa Civil. A decisão foi tomada pelo diretor técnico das equipes de resgate, o chefe dos bombeiros de Grosseto, Ennio Aquilino, depois de ter recebido informações sobre deformidades no casco do navio, onde foram abertos buracos recentemente.
Entenda o caso
- • O navio Costa Concordia viajava com mais de 4.200 pessoas a bordo quando bateu em uma rocha junto à ilha italiana de Giglio, na noite do dia 13 de janeiro.
- • A colisão abriu um grande buraco no casco do navio, que encheu de água, encalhou em um banco de areia e virou.
- • 17 mortos foram confirmados até agora.
- • Os trabalhos de buscas são coordenados com a tarefa de retirar as 2.400 toneladas de combustível do navio, sob o risco de contaminação da área do naufrágio.
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“Nós suspendemos definitivamente as buscas submarinas no interior do navio”, afirmou um porta-voz dos bombeiros. Segundo a Defesa Civil, que informou as famílias e as embaixadas envolvidas, “as condições de segurança não estão mais reunidas para as operações na parte imersa do casco”.
A preocupação dos operadores está relacionada principalmente ao fato de os mergulhadores não poderem sair das aberturas que dão acesso a pontes imersas a 20 metros de profundidade. Por outro lado, os bombeiros e outras equipes que estão na área reiniciarão a exploração de algumas partes do casco que estão fora da água e examinarão mais de perto toda a área em torno do casco em busca de eventuais corpos.
O registro da tragédia foi estabelecido em 32 mortos pelo prefeito Franco Gabrielli, comissário especial encarregado do naufrágio, sendo que somente 17 corpos foram encontrados.
(Com agência France-Presse)