Israelenses e palestinos realizaram nesta terça-feira na Jordânia sua primeira reunião pública desde setembro de 2010, mas advertiram que o encontro não deve ser considerado uma reativação do processo de paz.
Os delegados palestino Saeb Erakat e israelense Yitzhak Molcho, e os representantes do Quarteto para o Oriente Médio (Estados Unidos, Rússia, União Europeia e ONU) reuniram-se com o chanceler jordaniano, Nasser Jawdeh, na sede do Ministério de Relações Exteriores em Amã.
Paralelamente, o ministro jordaniano participou de outras duas reuniões, uma com o Quarteto e outra com os delegados palestino e israelense.
Ao final de três horas e meia de reuniões, Nasser Jawdeh qualificou o encontro de “positivo”, destacando que “todas as partes expressaram seu compromisso com uma solução baseada em dois Estados”. O ministro completou em sua coletiva de imprensa que a Jordânia abrigará mais encontros.
“A parte palestina apresentou um documento que representa sua visão sobre as fronteiras e a segurança. A parte israelense o recebeu, e prometeu estudá-lo nas próximas semanas”, detalhou Jawdeh.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, felicitou e animou Yitzhak Molcho e Saeb Erakat a avançar “para estabelecer uma dinâmica para uma paz duradoura”.
A Casa Branca considerou que a reunião constitui uma “evolução positiva” e formulou seu desejo de que haja avanços.
Foi a primeira vez que o enviado especial do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o negociador palestino se reúnem publicamente desde setembro de 2010.
Contudo, as duas partes advertiram que a reunião não deve ser considerada uma reativação das negociações diretas de paz, suspensas há 16 meses.
O Quarteto deu às duas partes o prazo de até 26 de janeiro para que apresentem suas propostas detalhadas para estabelecer a paz.