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Israel terá que fazer ‘concessões dolorosas’ para alcançar a paz no Oriente Médio, declara Benjamin Netanyahu

Premiê firmou compromisso com a paz em discurso no Congresso americano

Por Da Redação
24 Maio 2011, 13h31

“Mahmoud Abbas (presidente da Autoridade Palestina) precisa dizer para seu povo ‘eu vou aceitar um estado judeu’. Estas seis palavras mudarão a história”

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, mostrou-se nesta terça-feira disposto a “firmar compromissos dolorosos” para obter a paz com os palestinos, mas disse que não aceitará voltar às fronteiras estabelecidas antes da Guerra dos Seis Dias, de 1967. Em discurso no Congresso dos Estados Unidos, ele se disse comprometido com o processo de paz na região.

Netanyahu disse ainda estar disposto a aceitar a criação de um estado palestino, mas exige que o estado de Israel também seja reconhecido. “Mahmoud Abbas (presidente da Autoridade Palestina) precisa dizer para seu povo ‘eu vou aceitar um estado judeu’. Estas seis palavras mudarão a história”, declarou. E apesar de afirmar que pode até ceder partes de suas terras aos palestinos, voltou a recusar um retorno às fronteiras de 1967, como ele mesmo já havia adiantado que faria. “Israel será generoso quanto ao tamanho do estado palestino, mas somos firmes quanto ao posicionamento da fronteira”, enfatizou.

Dessa forma, o premiê rejeitou mais uma vez a proposta do presidente dos EUA, Barack Obama, e foi ovacionado em várias ocasiões por congressistas americanos. Mas, em seguida, amenizou o discurso, reafirmando-se como aliado dos americanos: “Israel não tem amigo melhor do que os Estados Unidos. E os Estados Unidos não têm um amigo melhor do que Israel”.

Bin Laden – Ele agradeceu ainda a Obama pela morte do líder da Al Qaeda, Osama bin Laden, e defendeu a postura israelense na região. Segundo Netanyahu, dos 300 milhões de árabes que vivem no Oriente Médio e Norte da África, somente os que estão em Israel são verdadeiramente livres. “Isso prova uma verdade básica: nós não somos o que há de errado no Oriente Médio, somos o que há de mais certo.”

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No meio de seu discurso, Netanyahu foi cortado por um dos presentes, que criticou em voz alta o tratamento dado aos palestinos em Israel. Astuto, o premiê aplaudiu a interrupção e disse: “Isso é que é verdadeira democracia. Em Trípoli ou Teerã, ninguém poderia se manifestar dessa maneira”.

O antigo tema dos estados israelense e palestino voltou recentemente à tona, impulsionado pela visita de Netanyahu aos EUA e pelo acordo de paz entre as facções palestinas Fatah e Hamas. Em quatro meses, os palestinos devem pedir à Organização das Nações Unidas (ONU) que aceite um estado palestino nas fronteiras anteriores à guerra de 1967.

(Com agência EFE)

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