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Israel reage à fala de chanceler russo sobre ‘sangue judeu’ de Hitler

Afirmação de Sergei Lavrov sobre suposta origem judaica de ditador nazista aconteceu poucos dias após Dia da Memória do Holocausto

Por Da Redação Atualizado em 2 Maio 2022, 15h04 - Publicado em 2 Maio 2022, 10h56

Em tom duro, o governo de Israel instou nesta segunda-feira, 2, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov a dar “esclarecimentos” por uma declaração sobre Adolf Hitler e convocou o embaixador russo em Tel Aviv para maiores detalhes do caso. Em entrevista a uma emissora italiana no domingo, o chanceler afirmou que o ditador nazista tinha raízes e “sangue judeu”, provocando indignação de autoridades israelenses e líderes judaicos.

“É uma declaração imperdoável e escandalosa, um terrível erro histórico, e esperamos um pedido de desculpas”, disse o ministro das Relações Exteriores de Israel, Yair Lapid, em publicação no Twitter.

A fala de Lavrov ao programa italiano Zona Bianca aconteceu dias após Israel marcar o Dia da Memória do Holocausto, uma das ocasiões mais solenes do calendário israelense.

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Questionado sobre como a Rússia pode alegar que está lutando para “desnazificar” a Ucrânia quando o próprio presidente do país, Volodymyr Zelensky, é judeu, Lavrov afirmou que “Hitler também tinha sangue judeu”, portanto, a origem judaica do líder ucraniano “não significa absolutamente nada”.

O ministro russo então acrescentou que “sábios” representantes do grupo étnico e religioso dizem que “os maiores antissemitas são os próprios judeus”.

A declaração do chanceler do governo de Vladimir Putin foi recebida com indignação em todo o espectro político de Israel. O primeiro-ministro israelense, Naftali Bennett, exigiu retratação de Moscou e disse que “tais mentiras visam a culpar os próprios judeus pelos crimes mais terríveis da história e, assim, libertar os opressores dos judeus de sua responsabilidade”.

O chefe do Memorial do Holocausto de Israel, Dani Dayan, também condenou as afirmações de Lavrov.

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“A maioria de seus comentários são absurdos, delirantes, perigosos e merecedores de qualquer condenação”, disse o israelense.

Tentando justificar sua operação militar, a Rússia alegou que um de seus objetivos era “desnazificar” a Ucrânia, acusando o país vizinho de estar “mergulhado na ideologia nazista”, da qual Hitler se valeu e provocou o genocídio de 6 milhões de judeus no Holocausto na Segunda Guerra Mundial.

Comparações com o nazismo, no entanto, têm sido feitas por ambos os lados da guerra. No dia do início da invasão russa à Ucrânia, em 24 de fevereiro, a conta oficial do governo ucraniano no Twitter publicou uma caricatura em que Hitler estaria aparentemente dando aprovação a Putin.

Em publicações em suas redes sociais, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, também comparou o ataque russo aos feitos pela Alemanha durante a II Guerra. Segundo ele, “a Rússia atacou traiçoeiramente nosso Estado pela manhã, como a Alemanha nazista fez”.

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“A Rússia embarcou em um caminho do mal, mas a Ucrânia está se defendendo e não desistirá de sua liberdade, não importa o que Moscou pense”, declarou.

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