Israel reabre visitação a local sagrado de Jerusalém
Apenas muçulmanos com mais de 50 anos de idade tiveram acesso liberado

Palestinos fizeram orações nesta sexta-feira em um dos pontos de maior peregrinação em Jerusalém, em meio a forte presença policial. Chamado de Monte do Templo pelos judeus e de Nobre Santuário pelos muçulmanos, o local foi fechado ontem por questões de segurança depois da tentativa de assassinato contra o rabino ultranacionalista Yehuda Glick.
Um porta-voz do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, havia considerado o fechamento do complexo uma “declaração de guerra” de Israel. O episódio aumentou a tensão entre judeus e palestinos e a reabertura foi parcial: homens com menos de 50 anos de idade não puderam entrar.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, tentou acalmar a situação deixando claro que não tem a intenção de mudar o funcionamento dos locais sagrados da cidade e reforçando o efetivo policial nas ruas de Jerusalém. Micky Rosenfeld, porta-voz da polícia israelense, disse ao final das orações do meio-dia que o local estava “relativamente calmo”, informou o New York Times.
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A tranquilidade, no entanto, tem sido exceção em alguns distritos da cidade desde o conflito em Gaza, entre juho e agosto. Na última semana, outro episódio deixou em evidência o clima tenso na região. Uma mulher equatoriana e um bebê judeu foram mortos após um palestino avançar seu carro contra um grupo de pessoas em um ponto de ônibus. As autoridades israelenses classificaram a ação um atentado terrorista.