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Israel permite a cristãos de Gaza visitar Belém e Jerusalém no Natal

Governo israelense reverteu decisão de não permitir viagens às cidades sagradas durante as celebrações deste ano

Por Da Redação
23 dez 2019, 11h42

Israel começou nesta segunda-feira, 23, a distribuir licenças aos cristãos de Gaza para que eles possam ir a Belém e Jerusalém para celebrar o Natal, como tradicionalmente fazem todos os anos.

“Até agora recebemos 55 autorizações de entrada na Cisjordânia e em Jerusalém dos 600 pedidos que enviamos ao lado israelense na semana passada”, disse Kamel Ayad, porta-voz da Igreja Ortodoxa de Gaza.

Ainda de acordo com Ayad, das 55 autorizações, três são para crianças, e 47 para adultos com mais de 60 anos. “É possível que nas próximas horas consigamos as demais licenças”, acrescentou.

No início de dezembro, o governo israelense havia anunciado que os cristãos da Faixa de Gaza não teriam autorização para visitar as cidades sagradas de Belém e Jerusalém nas celebrações do Natal deste ano por “ordens de segurança”. Porém, Israel voltou atrás em sua decisão neste domingo 22.

A comunidade de cristãos solicitou licenças especiais e aguardava ansiosamente a autorização para ir aos lugares sagrados e sair da atmosfera sufocante de Gaza, que por um lado está sujeita a um bloqueio israelense há mais de uma década, e por outro vive sob o governo do movimento islâmico Hamas.

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Ontem, o coordenador de Atividades Governamentais nos Territórios, general Kamil Abu Rukun, que está à frente da instituição militar israelense que administra a ocupação do território de Gaza, informou que seriam “ampliadas as medidas civis em benefício da população cristã da Faixa de Gaza em reconhecimento das festas natalinas”.

“Como parte destas medidas, serão emitidas autorizações de entrada para Jerusalém e para a região de Judeia e Samaria (Cisjordânia) de acordo com as avaliações de segurança e sem considerar a idade (dos requerentes)”, diz a nota.

A decisão foi tomada após queixas de líderes cristãos na Terra Santa, entre eles o administrador apostólico, o franciscano Pierbattista Pizzaballa, que considerou a falta de liberações como “um castigo adicional” para uma pequena comunidade “injustamente punida pelo bloqueio” imposto ao enclave desde 2007, quando o Hamas assumiu o controle da Faixa.

Pizzaballa mudou-se para Gaza na semana passada e lá celebrou uma missa em sinal de apoio à comunidade cristã, estimada em cerca de 900 pessoas, a maioria observadora do rito ortodoxo grego.

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Gaza tem apenas cerca de 1.000 cristãos –a maioria deles grego-ortodoxos– entre uma população de 2 milhões na estreia faixa costeira.

No ano passado, Israel concedeu permissões para cerca de 700 cristãos de Gaza para viagens para Jerusalém, Belém, Nazaré e outras cidades sagradas que atraem milhares de peregrinos nas festas de final de ano.

(Com EFE e Reuters)

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