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Israel: milhares de presos palestinos iniciam greve de fome

Eles consideram que morte de recluso que sofria de câncer se deve à falta de atendimento médico e demonstra 'intransigência e arrogância' dos israelenses

Por Da Redação
3 abr 2013, 09h54

Cerca de 4.600 palestinos presos em Israel iniciaram nesta quarta-feira uma greve de fome para protestar contra a morte de um recluso que sofria de câncer e que, segundo a Autoridade Nacional Palestina (ANP), não recebeu o devido atendimento médico.

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O presidente do Clube de Presos Palestinos, Qadura Fares, afirma que eles se negaram a realizar suas refeições na manhã desta quarta-feira e que a medida continuará sendo aplicada. “É um período muito tenso. Tínhamos apelado para a comunidade internacional, porque se sabia o estado crítico de Maysara Abu Hamdiye (preso morto na terça-feira), mas a ocupação israelense não queria que ele passasse seus últimos dias com sua família”, declarou Fares.

A porta-voz do serviço penitenciário israelense, Sivan Weizmann, confirmou que esse número de presos não se alimentou pela manhã, mas as autoridades israelenses não definem a situação como greve de fome – termo que empregam apenas após a rejeição de seis refeições em um prazo de 48 horas.

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Tratamento – Abu Hamdiye, 64 anos, foi condenado à prisão perpétua por seu envolvimento em um frustrado atentado em Jerusalém. O palestino morreu em função de um câncer na garganta em um hospital de Bersheva, próximo da penitenciária de Seroka.

Segundo a agência palestina Maan, em março Hamdiye se queixou a seu advogado de que só recebia analgésicos para tratar seu câncer, e não contava com atendimento médico dentro da prisão. O responsável pelo serviço de prisões israelenses no sul do país, Gondar Nasim Sabiti, disse que estava sendo analisada uma libertação adiantada para Abu Hamdiye, o que seria discutido nesta semana.

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Acusações – O presidente da ANP, Mahmoud Abbas, declarou na terça-feira em Ramallah que a morte de Abu Hamdiye é uma demonstração da “intransigência e arrogância” de Israel. Já o governo israelense acusa a ANP de utilizar a morte para provocar um aumento da violência na região.

Israel realizará nesta quarta a autópsia do corpo do prisioneiro em Tel Aviv, na presença de um observador palestino. O corpo será depois entregue à ANP. O governo palestino vai organizar o enterro, que deverá ser realizado amanhã em sua cidade natal, Hebron, no sul do território ocupado da Cisjordânia. O Exército israelense aumentou sua presença em Jerusalém e Cisjordânia para evitar protestos e enviará um grande aparato de segurança para o funeral.

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(Com agência EFE)

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