Israel-Hamas: Conselho de Segurança da ONU aprova resolução que pede pausa
Proposta de Malta é a primeira sobre o conflito a ser aceita pelo órgão, que analisou e rejeitou quatro textos em outubro
O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou nesta quarta-feira, 15, uma proposta de resolução sobre o conflito entre Israel e o Hamas. O texto pede pausas humanitárias estendidas, proteção de crianças na guerra e a libertação de reféns israelenses pelo Hamas.
A proposta recebeu doze votos a favor e nenhum contra. Três nações se abstiveram: Estados Unidos, Rússia e Reino Unido, membros permanentes do Conselho, que têm poder de veto.
Antes de a proposta ser colocada em votação, a representante de Malta, Vanessa Frazier, afirmou que o conflito tem se desenrolado com um número crescente de mortes e chamou a atenção para os recém-nascidos que estão em risco no Hospital Al-Shifa, em Gaza, alvo de operação do Exército de Israel na madrugada desta quarta.
Esta é a quinta proposta de resolução votada pelo Conselho de Segurança sobre o conflito entre Israel e o Hamas. Duas da Rússia, uma do Brasil e uma dos Estados Unidos foram analisadas em outubro, quando o Brasil presidia o órgão, mas nenhuma conseguiu ser aprovada.
Neste mês de novembro, o Conselho é presidido pela China, e a reunião foi comandada pelo representante chinês Zhang Jun.
Resposta de Israel
Nas redes sociais, o embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, rechaçou a adoção da resolução. “A resolução do Conselho de Segurança da ONU é desconectada da realidade e não tem significado”, escreveu. “Independentemente do que o Conselho decidir, Israel continuará a agir de acordo com a lei internacional, enquanto os terroristas do Hamas nem lerão a resolução, muito menos a cumprirão. É lamentável que o Conselho continue a ignorar, a não condenar ou nem mencionar o massacre do Hamas em 7 de outubro, que conduziu à guerra em Gaza. É realmente vergonhoso!”, escreveu.
“A estratégia do Hamas consiste em deteriorar deliberadamente a situação humanitária na Faixa de Gaza e aumentar o número de vítimas palestininas, a fim de motivar a ONU e o Conselho de Segurança a deter Israel. Isso não vai acontecer. Israel continuará a agir até que o Hamas seja destruído e os reféns sejam libertados”, terminou.