Israel expandirá assentamentos após votação da ONU
Serão construídas 3.000 novas casas na Cisjordânia ocupada e em Jerusalém
Israel aprovou a construção de 3.000 novas casas para seus colonos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, informou uma autoridade israelense nesta sexta-feira. A ordem foi dada um dia depois da votação da Organização das Nações Unidas (ONU), que elevou o status palestino para o de estado observador não-membro. Nessa condição, os palestinos continuarão sem ter direito a voto na ONU, mas poderão tentar entrar para outras organizações internacionais, como o Tribunal Penal Internacional.
A autoridade israelense, que falou sob condição de anonimato, disse que o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu autorizou a construção das novas moradias e ordenou o “zoneamento preliminar e planejamento de outras milhares”. Os Estados Unidos já criticaram a decisão. Para a Casa Branca, o plano é contraprodutivo, pois dificulta os diálogos de paz entre israelenses e palestinos.
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A expansão dos assentamentos é um claro lembrete de que o conflito entre as duas partes está longe de ser resolvido. Mais cedo, o porta-voz do governo israelense, Mark Regev, disse que o voto na ONU era um ‘teatro político negativo que prejudica a paz’.
Segundo a imprensa israelense, o governo buscou reforçar internamente sua rejeição à aprovação na Assembleia Geral da ONU da elevação do status palestino – Israel e Washington se opuseram à resolução. Israel considera toda a cidade de Jerusalém como sua capital indivisível e quer manter faixas de assentamentos na Cisjordânia independentemente de qualquer tratado de paz que venha a ser assinado com palestinos.
(Com agência Reuters)