Israel derruba foguete lançado contra balneário de Eilat
Jerusalém aprova construção de mais 942 casas em sua parte Oriental
Israel abateu nesta terça-feira um foguete com destino à cidade turística de Eilat, ao Sul do país, explodindo o artefato no ar perto da fronteira com a península do Sinai, no Egito, segundo um oficial militar. Também nesta terça, a prefeitura de Jerusalém aprovou a construção de 942 casas em Jerusalém Oriental, na véspera da retomada de negociações entre israelenses e palestinos.
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Militantes islâmicos que operam na península desértica disseram ter disparado o foguete contra a cidade, que está lotada de turistas, em retaliação pelo assassinato de quatro guerrilheiros no Sinai na sexta-feira. Sirenes de ataque aéreo soaram e explosões foram ouvidas sobre as colinas que cercam o balneário às margens do golfo de Aqaba, de acordo com testemunhas e jornais israelenses. Não houve vítimas ou danos relatados.
Um oficial de segurança israelense aposentado disse que esta foi a primeira vez que o sistema de defesa israelense Domo de Ferro derrubou um míssil disparado contra Eilat. “Não é a primeira vez que um foguete foi disparado contra Eilat, mas é a primeira vez que o Domo de Ferro interceptou um”, disse Dani Arditi, ex-conselheiro de segurança nacional, à Rádio do Exército.
Construções – A prefeitura de Jerusalém aprovou a construção de 942 casas em Jerusalém Oriental, na véspera da retomada das negociações entre israelenses e palestinos. “A prefeitura aprovou um plano de construção de 942 casas em Gilo (um bairro de colonização)”, afirmou o vereador Yossef Pepe Alalu.
Segundo a ONG “Paz Agora”, contrária à colonização, a decisão de prefeitura inclui também a possibilidade de construir outras 300 residências em uma fase posterior. “O governo faz tudo para sabotar as negociações antes mesmo do início”, lamentou Lior Amihai, diretor da ONG. No domingo, o governo anunciou a construção de 1 187 alojamentos na Cisjordânia e Jerusalém Oriental.
Libertações – Enquanto isso, a Alta Corte de Israel rejeitou nesta terça-feira um recurso contra a libertação de 26 presos palestinos, num gesto concebido para criar um ambiente propício à retomada do processo de paz na região.
Parentes de israelenses mortos por alguns dos homens que serão soltos haviam solicitado o cancelamento da libertação, que pode acontecer a partir da terça-feira à noite. Três juízes determinaram que o governo agiu dentro das suas atribuições ao decidir libertar os presos, que já cumpriram vários anos de pena.
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Sob mediação dos EUA, palestinos e israelenses retomaram suas negociações em 30 de julho, em Washington, após um hiato de cerca de três anos. As discussões devem ser retomadas na quarta-feira em Jerusalém, e a rodada posterior deve acontecer na Cisjordânia.
A negociação anterior foi abandonada devido à insistência de Israel em construir novas moradias para colonos judeus em assentamentos da Cisjordânia, o que a maior parte da comunidade internacional considera ilegal.
(Com agências France-Presse e Reuters)