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Israel convoca representantes diplomáticos após resolução da ONU

Conselho de Segurança votou pelo fim de assentamentos israelenses em territórios palestinos na sexta-feira

Por Da redação
Atualizado em 25 dez 2016, 13h25 - Publicado em 25 dez 2016, 13h17

Israel convocou neste domingo os representantes dos países que apoiaram na ONU uma resolução que pede o fim de assentamentos israelenses em territórios palestinos. O porta-voz do ministério israelense das Relações Exteriores, Emmanuel Nahshon, declarou que os representantes dos catorze membros do Conselho de Segurança que votaram a favor da medida, na sexta-feira, eram esperados neste domingo na sede da chancelaria em Jerusalém.

O representante dos Estados Unidos não foi convocado. Pela primeira vez desde 1979, os Estados Unidos não vetaram uma resolução no Conselho de Segurança a respeito dos assentamentos israelenses. A abstenção, combinada com o voto favorável dos catorze outros membros, permitiu a adoção do texto.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reagiu fortemente à aprovação da resolução. “A decisão que foi tomada é tendenciosa e vergonhosa, mas superaremos. Isso precisará de tempo, mas essa decisão será anulada”, declarou Netanyahu em uma cerimônia retransmitida na televisão israelense.

Netanyahu, que mantém relações notoriamente tensas com Barack Obama, também atacou seu governo. Essa resolução é “um golpe anti-israelense vergonhoso” do qual há que colocar a culpa “no governo Obama”, explicou, em referência ao presidente americano.

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A resolução exige que Israel cesse imediatamente e completamente os assentamentos nos territórios palestinos ocupados, incluído Jerusalém Oriental. A ONU, que afirma que as colônias são ilegais com base no direito internacional, alertou nos últimos meses sobre a proliferação das edificações. Cerca de 430.000 israelenses vivem atualmente na Cisjordânia, e outros 200.000 em Jerusalém Oriental, que para os palestinos deve ser a capital de seu futuro país.

Apesar de não prever sanções contra Israel, autoridades israelenses temem que a resolução facilite os processos na justiça internacional e encoraje as sanções contra os produtos de suas colônias. Um porta-voz do presidente palestino, Mahmud Abbas, chamou a resolução de “um golpe” para Israel. “Esta é uma condenação internacional unânime da colonização e um forte apoio a uma solução de dois Estados”, disse Nabil Abu Rudeina à Agência France-Presse.

Neste contexto, a rádio militar relatou neste domingo que o ministro israelense da Defesa, Avigdor Lieberman, havia ordenado o fim de toda a cooperação com os palestinos em assuntos civis, mas mantendo a cooperação na área de segurança. Nenhum comentário oficial a esse respeito foi emitido.

(Com agência France-Presse)

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