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Israel anula acordo com a ONU sobre permanência de migrantes africanos

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reavaliou consequências e desistiu

Por Da redação
Atualizado em 13 abr 2018, 18h48 - Publicado em 3 abr 2018, 10h08

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou nesta terça-feira o cancelamento de um acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) para realocar milhares de imigrantes africanos. O acordo havia sido firmado na segunda-feira. “Ouvi cuidadosamente os muitos comentários sobre o acordo. Como resultado, e de novo depois de eu pesar as vantagens e desvantagens, decidir cancelar o acordo”, disse Netanyahu em comunicado divulgado pelo gabinete do primeiro-ministro.

Poucas horas depois de haver firmado o acordo, o premiê anunciou sua suspensão. Através de sua página no Facebook, ele afirmou que era necessário reexaminar. Hoje veio o anúncio da anulação.

Segundo o acordo, o Acnur transferiria a países ocidentais 16.250 imigrantes africanos e o governo israelense formalizará o status dos outros 16.000, que permaneceriam em território israelense. Os imigrantes que sairiam do país seriam transferidos para Canadá, Alemanha e Itália, embora este último tenha negado o acolhimento.

O primeiro-ministro disse ter considerado as queixas feitas pelos habitantes de Tel-Aviv, localidade onde vive a maioria dos imigrantes ao optar pela suspensão. O anúncio do acordo com a ONU também suscitou duras reações da direita israelense e do entorno próximo de Netanyahu.

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“Israel é um Estado judeu e democrático que deve se esforçar para conservar sua identidade”, defendeu a ministra da Cultura, Miri Regev, apoiadora de Netanyahu. Para ela, as pessoas que entraram de forma clandestina e que ficaram ilegalmente em Israel “têm de voltar para seus países”.

O ministro da Educação, Naftali Bennett, dirigente do partido nacionalista religioso O Lar Judaico, declarou nesta terça à rádio pública que Israel não tem “nenhuma obrigação moral de receber clandestinos em busca de trabalho”.

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O acordo visava ao cancelamento de um controverso plano israelense de expulsar aproximadamente 32.000 imigrantes africanos ilegais que vivem no país. O programa de expulsões, aprovado em janeiro, estabelecia que milhares de imigrantes, em alguns casos solicitantes de asilo, fossem presos de maneira indefinida se não aceitassem ir embora a um terceiro país com incentivos que incluíam pagamentos em dinheiro e uma passagem de avião.

Segundo as autoridades israelenses, 42.000 migrantes africanos vivem hoje em Israel. Mulheres e crianças não estão entre os ameaçados pelo plano inicial de expulsões. Em sua maioria, esses imigrantes africanos chegaram ao território a partir de 2007, procedentes do Sinai egípcio. Nessa época, a fronteira com o Egito era muito porosa, mas, atualmente, tornou-se quase hermética.

(Com Reuters e AFP)

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