Jerusalém, 30 abr (EFE).- O Exército israelense defende que o muro que começou a ser construído nesta segunda-feira na fronteira com o Líbano possui objetivo de ‘melhorar a segurança na região e reduzir os atritos’.
‘As mudanças na infraestrutura ao longo da fronteira foram coordenados com auxilio da Força Interina das Nações Unidas para o Líbano (Funil) e das forças armadas libanesas’, afirmou um porta-voz militar israelense à Agência Efe.
O Exército israelense confirmou que a construção do muro foi iniciada na manhã desta segunda próxima a aldeia libanesa de Kfar Kila, situada em frente à localidade israelense de Metula.
O muro, que terá ‘mais de um quilômetro de extensão e cerca de 10 metros de altura’, deverá ser concluído ‘nas próximas semanas’, informou a rádio pública israelense. Segundo a emissora, o objetivo dessa construção é proteger os 1,6 mil habitantes de Metula de eventuais tiroteios em Kfar Kila.
Os soldados israelenses retiraram a cerca de segurança localizada metros antes da chamada ‘linha azul’ – traçada pela ONU em maio de 2000 para certificar a retirada israelense – para levantar o muro, que é supervisionado por um grande desdobramento de agentes da Funil e de soldados libaneses, assinalaram à Agência Efe testemunhas da região.
Além disso, em Kfar Kila, situada no Setor Este do sul do Líbano, se encontra o posto fronteiriço da Porta de Fátima, que durante os 22 anos de ocupação israelense era conhecida como a ‘boa fronteira’, já que era utilizada pelos libaneses que trabalhavam em Israel.
Tecnicamente, Líbano e Israel continuam em estado de guerra, embora os responsáveis militares de ambos os estados consigam manter encontros regularmente, sob supervisão da ONU, para tratar os problemas relativos às fronteiras. EFE