Islamitas se manifestam no Cairo a favor do presidente
Manifestação é resposta a protestos violentos contra decreto de Mursi
Por Da Redação
1 dez 2012, 12h54
Veja.com (Veja.com/VEJA.com)
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1/35 Manifestante conduz bandeira do Egito durante confrontos ao longo da ponte Qasr Al Nil, Cairo (Amr Abdallah Dalsh/Reuters/VEJA)
2/35 Soldado do exército egípcio tenta parar manifestantes em Port Said, Egito (Amr Abdallah Dalsh/Reuters/VEJA)
3/35 Mulheres durante protesto contra o presidente egípcio Mohamed Mursi, no Cairo (Mosaab Elshamy/EFE/VEJA)
4/35 Manifestantes gritam palavras de ordem na cidade de Port Said, Egito (Amr Abdallah Dalsh/Reuters/VEJA)
5/35 Partidários do presidente egípcio Mohamed Mursi tentam impedir manifestantes em Port Said (Amr Abdallah Dalsh/Reuters/VEJA)
6/35 Manifestante conduz bandeira egípcia na ponte Kasr El Nile, Cairo (Mohamed Abd El Ghany/Reuters/VEJA)
7/35 Manifestantes gritam palavras de ordem na cidade de Port Said, Egito (Amr Abdallah Dalsh/Reuters/VEJA)
8/35 Manifestante se prepara para lançar bomba de gás lacrimogêneo de volta para a polícia durante confrontos na Praça Tahrir, Cairo (Mohamed Abd El Ghany /Reuters/VEJA)
9/35 Manifestantes se escondem da polícia em Alexandria durante confrontos no aniversário de dois anos da revolta que derrubou o ex-presidente Hosni Mubarak (Asmaa Waguih/Reuters/VEJA)
10/35 Fotógrafos se protegem enquanto manifestantes atiram pedras em direção a polícia da Praça Tahrir, no Cairo (Amr Abdallah Dalsh/Reuters/VEJA)
11/35 Manifestante conduz a bandeira egípcia em meio a fumaça de bombas de gás lacrimogênio durante protestos na praça Tahrir no Cairo, no segundo aniversário da revolta que derrubou o presidente Hosni Mubarak (Mahmoud Khaled/AFP/VEJA)
12/35 Crianças brincam em uma saída de ar da praça Tahrir, Cairo (Asmaa Waguih/Reuters/VEJA)
13/35 Mulheres gritam durante um protesto na praça Tahrir, no Cairo. Manifestantes entraram em confronto com a polícia em todo o Egito, nesta sexta feira (25) (Mohamed Abd El Ghany/Reuters/VEJA)
14/35 Manifestantes são vistos através da fumaça de bombas de gás lacrimogêneo usadas pela polícia durante os confrontos em Alexandria, nesta sexta feira (25) (Asmaa Waguih/Reuters/VEJA)
15/35 Manifestantes entraram em confronto com a polícia em Alexandria nesta sexta feira (25), no segundo aniversário da revolta que derrubou o presidente Hosni Mubarak (Asmaa Waguih/Reuters/VEJA)
16/35 Manifestantes entraram em confronto com a polícia em Alexandria nesta sexta feira (25), no segundo aniversário da revolta que derrubou o presidente Hosni Mubarak (Asmaa Waguih/Reuters/VEJA)
17/35 Manifestantes entraram em confronto com a polícia em Alexandria nesta sexta feira (25), no segundo aniversário da revolta que derrubou o presidente Hosni Mubarak (Asmaa Waguih/Reuters/VEJA)
18/35 Manifestantes, cantam slogans anti-Mursi na Praça Tahrir, no Cairo (Asmaa Waguih/Reuters/VEJA)
19/35 Egípcias cortam o cabelo em manifestação contra o novo projeto de Constituição. A oposição vê a nova proposta como um enfraquecimento do dos direitos humanos, especialmente os das mulheres (Khaled Desouki/AFP/VEJA)
20/35 Manifestante carrega escudo da polícia de choque durante protesto em frente ao palácio presidencial, no Cairo (Asmaa Waguih/Reuters/VEJA)
21/35 Polícia egípcia dispersa manifestantes durante protestos anti-Mursi em frente ao palácio presidencial, no Cairo (Khaled Elfiqi/EFE/VEJA)
22/35 Homem anda de bicicleta em frente ao palácio presidencial antes de manifestação contra o presidente Mohamed Mursi, no Cairo (Amr Abdallah Dalsh/Reuters/VEJA)
23/35 Políciais egípcios protegem palácio presidencial antes de manifestação, no Cairo (Khaled Elfiqi/EFE/VEJA)
24/35 Manifestantes anti-Mursi acampam na praça Tahrir, no Cairo (Asmaa Waguih/Reuters/VEJA)
25/35 Políciais egípcios protegem palácio presidencial antes de manifestação, no Cairo (Amr Abdallah Dalsh/Reuters/VEJA)
26/35 Manifestantes agitam bandeiras nacionais durante protesto contra membros do antigo regime no governo do Egito (Khaled Desouki/AFP/VEJA)
27/35 Dezenas de milhares de pessoas se reuniram na praça Tahrir mostrando seu poder de convocação em uma grande manifestação (Khaled Desouki/AFP/VEJA)
28/35 Manifestantes exigem que membros do antigo regime sejam afastados de cargos públicos (Khaled Desouki/AFP/VEJA)
29/35 Manifestante segura cartaz com foto de Omar Suleiman, ex-vice-presidente e chefe da inteligência no mandato de Mubarak, durante protesto na praça Tahir no Cairo, Egito (Khaled Desouki/AFP/VEJA)
30/35 Muçulmanos e salafistas (diferente vertente do movimento islâmico) estão entre os manifestantes na praça Tahir no Cairo, Egito (Khaled Desouki/AFP/VEJA)
31/35 Mulheres muçulmanas também participaram do protesto na praça Tahrir (Asmaa Waguih/Reuters/VEJA)
32/35 Vista geral do protesto dos islamitas com o slogan "proteja a revolução" que ocorreu na praça Tahir no Cairo, Egito (Khaled Desouki/AFP/VEJA)
33/35 Manifestantes debruçam-se uns sobre os outros devido à falta de espaço durante a reza de sexta-feira (Asmaa Waguih/Reuters/VEJA)
34/35 Manifestantes se protegem do sol durante a reza de sexta-feira na praça Tahrir (Asmaa Waguih/Reuters/VEJA)
35/35 Homens islamistas rezam em meio às manifestações na praça Tahrir no Cairo, Egito (Khaled Desouki/AFP/VEJA)
Vários grupos islamitas, sob a liderança da Irmandade Muçulmana, realizam neste sábado uma manifestação no Cairo a favor do presidente egípcio, Mohamed Mursi, em resposta às manifestações dos últimos dias contra o chefe de governo. Para evitar conflitos com seus adversários, os islamitas se concentram na Praça Nahda, junto à Universidade do Cairo, em Giza, em um protesto batizado de ‘Apoio à Sharia’ (lei islâmica).
Além da Irmandade Muçulmana e de seu Partido Liberdade e Justiça (PLJ), integrado por Mursi antes de se tornar presidente, também participam do protesto formações salafistas como o Partido Nur e o Gamaa al Islamiya. “O povo quer a aplicação da lei de Deus”, gritavam pelo menos 50.000 manifestantes, agitando bandeiras, muitos deles trazidos de ônibus, do campo, para lotar as ruas próximas à Universidade do Cairo.
Esperava-se que, no final do dia, Mursi definisse a data do referendo sobre a Constituição, aprovada às pressas por uma assembleia dominada por islamitas na sexta-feira, depois de uma sessão que durou 19 horas. “Certamente vamos apresentar a Constituição para o presidente hoje à noite”, disse Mohamed al-Beltagy, líder da Irmandade Muçulmana e membro da Assembleia Constituinte.
A medida causou uma divisão na sociedade egípcia, que foi testemunha na última semana de assaltos às sedes do PLJ e de choques entre manifestantes contrários a Mursi e a Polícia no centro do Cairo. Ontem, dezenas de milhares de pessoas tomaram a Praça Tahrir para expressar sua repulsa à declaração do presidente e à minuta da nova Constituição, que deverá ser entregue a Mursi neste sábado para a convocação de um referendo popular.
Na praça, que foi epicentro também da revolta que derrubou o ex-ditador Hosni Mubarak, continua o acampamento contra o decreto constitucional emitido por Mursi em 22 de novembro, através do qual blinda seus poderes, a Assembleia Constituinte e a câmara alta do Parlamento.
Contexto – Mursi mergulhou o Egito em uma nova crise na semana passada, quando deu a si mesmo amplos poderes e colocou suas decisões além da contestação judicial, dizendo que essa era uma medida temporária que ia acelerar a transição democrática do país, até que uma nova Constituição seja aprovada.
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A afirmação de autoridade em um decreto emitido em 22 de novembro, um dia depois que ele recebeu elogios do mundo pela intermediação de uma trégua entre Israel e o movimento islâmico palestino Hamas, assustou seus adversários e aumentou as divisões entre os 83 milhões de egípcios.
Duas pessoas foram mortas e centenas ficaram feridas durante os protestos pelas forças de oposição, que foram agrupadas e fortalecidas por um decreto que elas entendem como uma tomada de poder ditatorial.
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