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Islamitas se manifestam no Cairo a favor do presidente

Manifestação é resposta a protestos violentos contra decreto de Mursi

Por Da Redação
1 dez 2012, 12h54

Vários grupos islamitas, sob a liderança da Irmandade Muçulmana, realizam neste sábado uma manifestação no Cairo a favor do presidente egípcio, Mohamed Mursi, em resposta às manifestações dos últimos dias contra o chefe de governo. Para evitar conflitos com seus adversários, os islamitas se concentram na Praça Nahda, junto à Universidade do Cairo, em Giza, em um protesto batizado de ‘Apoio à Sharia’ (lei islâmica).

Além da Irmandade Muçulmana e de seu Partido Liberdade e Justiça (PLJ), integrado por Mursi antes de se tornar presidente, também participam do protesto formações salafistas como o Partido Nur e o Gamaa al Islamiya. “O povo quer a aplicação da lei de Deus”, gritavam pelo menos 50.000 manifestantes, agitando bandeiras, muitos deles trazidos de ônibus, do campo, para lotar as ruas próximas à Universidade do Cairo.

Esperava-se que, no final do dia, Mursi definisse a data do referendo sobre a Constituição, aprovada às pressas por uma assembleia dominada por islamitas na sexta-feira, depois de uma sessão que durou 19 horas. “Certamente vamos apresentar a Constituição para o presidente hoje à noite”, disse Mohamed al-Beltagy, líder da Irmandade Muçulmana e membro da Assembleia Constituinte.

A medida causou uma divisão na sociedade egípcia, que foi testemunha na última semana de assaltos às sedes do PLJ e de choques entre manifestantes contrários a Mursi e a Polícia no centro do Cairo. Ontem, dezenas de milhares de pessoas tomaram a Praça Tahrir para expressar sua repulsa à declaração do presidente e à minuta da nova Constituição, que deverá ser entregue a Mursi neste sábado para a convocação de um referendo popular.

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Na praça, que foi epicentro também da revolta que derrubou o ex-ditador Hosni Mubarak, continua o acampamento contra o decreto constitucional emitido por Mursi em 22 de novembro, através do qual blinda seus poderes, a Assembleia Constituinte e a câmara alta do Parlamento.

Contexto – Mursi mergulhou o Egito em uma nova crise na semana passada, quando deu a si mesmo amplos poderes e colocou suas decisões além da contestação judicial, dizendo que essa era uma medida temporária que ia acelerar a transição democrática do país, até que uma nova Constituição seja aprovada.

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A afirmação de autoridade em um decreto emitido em 22 de novembro, um dia depois que ele recebeu elogios do mundo pela intermediação de uma trégua entre Israel e o movimento islâmico palestino Hamas, assustou seus adversários e aumentou as divisões entre os 83 milhões de egípcios.

Duas pessoas foram mortas e centenas ficaram feridas durante os protestos pelas forças de oposição, que foram agrupadas e fortalecidas por um decreto que elas entendem como uma tomada de poder ditatorial.

(Com agências EFE e Reuters)

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