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Islamitas proclamam vitória inicial em referendo no Egito

Irmandade Muçulmana aponta vitória apertada do ‘sim’, com 56,5% dos votos. Resultados oficiais só serão divulgados quando segunda etapa for realizada

Por Da Redação
16 dez 2012, 16h34

Os egípcios aprovaram por estreita maioria o projeto de Constituição defendido pelo presidente Mohamed Mursi na primeira etapa do referendo, neste sábado. A votação foi dividida em duas etapas, e deverá ser concluída no próximo dia 22.

A primeira etapa foi realizada em dez áreas do país, incluindo Cairo e Alexandria. No próximo sábado, eleitores de outras 17 regiões poderão votar no texto, que foi aprovado de maneira apressada, no final de novembro, sem a participação de parlamentares liberais, socialistas, cristão e muçulmanos seculares, que não concordaram com a intransigência da maioria fundamentalista islâmica.

Segundo a Irmandade Muçulmana, que levou Mursi à vitória na disputa presidencial de junho, a primeira etapa do referendo terminou com 56,5% dos votos a favor da Carta Magna. Resultados oficiais, no entanto, só devem ser divulgados depois da realização da segunda etapa. Resultados preliminares indicaram que quase 57% dos eleitores da capital votaram contra a Constituição, enquanto o ‘sim’ venceu em Alexandria.

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A oposição exigia a anulação do referendo, mas mudou de estratégia na última semana e passou a fazer campanha pelo ‘não’. No entanto, analistas dizem que a próxima etapa de votação, que inclui muitos distritos vistos como simpáticos aos islâmicos, também deverá resultar na aprovação da Constituição.

No entanto, a margem apertada não dá espaço para muita comemoração da Irmandade Muçulmana, do presidente Mursi, pois é prova de que o país continua dividido.

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A principal coalizão da oposição, a Frente de Salvação Nacional (FSN), afirmou no sábado que quase dois terços dos eleitores haviam rejeitado o texto redigido por uma comissão de maioria islamita. Mas um dos principais integrantes da coalizão, o movimento Corrente Popular, confirmou neste domingo que 56% dos eleitores aprovaram o texto.

Houve, no entanto, denúncias de grupos de direitos humanos sobre irregularidades no processo de votação, como oficiais dizendo como as pessoas deveriam votar, sessões eleitorais que abriram as portas mais tarde e suborno. A FSN afirmou em comunicado que abusos na primeira etapa do referendo exigiriam que um novo pleito fosse organizado.

(Com agência France-Presse)

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