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Irlanda do Norte legaliza aborto e casamento entre pessoas do mesmo sexo

Ao contrário do resto do Reino Unido, onde o aborto é autorizado desde 1967, na Irlanda a prática era ilegal, exceto no caso da gravidez ameaçar vida da mãe

Por Da Redação 22 out 2019, 02h01

O aborto e o casamento entre pessoas do mesmo sexo foram legalizados nesta terça-feira na Irlanda do Norte por decisão do Parlamento britânico, apesar de uma última tentativa simbólica da oposição, lançada por deputados da Assembleia regional norte-irlandesa.

Ao contrário do resto do Reino Unido, onde o aborto é autorizado desde 1967, na Irlanda a prática era ilegal, exceto no caso da gravidez ameaçar a vida da mãe. O casamento entre pessoas do mesmo sexo também era proibido.

Sem Executivo regional desde 2017, por conta de um escândalo político-financeiro, os temas cotidianos da Irlanda do Norte são geridos de Londres.

Por conta desta situação, em julho passado, os deputados britânicos aprovaram emendas para estender à província o direito ao aborto e ao casamento homossexual se não se formasse um governo até 21 de outubro. Como isso não aconteceu, entraram em vigor a partir do primeiro minuto desta terça-feira (20h de segunda-feira em Brasília).

Os primeiros casamentos entre pessoas do mesmo sexo serão realizados “o mais tardar” durante “a Semana dos Namorados de 2020” (comemorada em fevereiro no país), de acordo com o secretário de Estado da Irlanda do Norte, Julian Smith.

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Hoje é “o dia em que nos despedimos das leis opressivas do aborto que controlaram nossos corpos e nos rejeitaram o direito de decidir”, comemorou no Twitter Grainne Teggart, encarregada desta campanha na Anistia Internacional na Irlanda do Norte.

Num ato simbólico contra a adoção dessas medidas, alguns deputados do parlamento regional norte-irlandês voltaram ao plenário na segunda-feira, pela primeira vez em dois anos e meio.

Entre os deputados presentes, a maioria pertencia ao Partido Unionista Democrático ultra-conservador (DUP), liderado pela ex-chefe do governo regional Arlene Foster, que se opõe a menor flexibilização dessas questões.

“É um dia triste”, declarou Foster à imprensa após uma curta sessão parlamentar. “Sei que algumas pessoas vão querer comemorar hoje e digo a elas: ‘pense naqueles que estão tristes hoje e que acreditam ser uma afronta à dignidade e à vida humana”, afirmou Foster.

Em frente o parlamento norte-irlandês, um grupo de ativistas contrárias ao aborto criticavam a aprovação da medida e exibiam cartazes onde podia-se ler: “Aborto? Não no meu nome”.

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“Foi o governo de Westminster que impôs a legislação, não foi o governo que escolhemos aqui “, então isso é antidemocrático e incorreto””, disse à AFP Bernadette Smyth, diretora do grupo Precious Life Northern Ireland.

Trevor Lunn, deputado da Aliança MLA, atribuiu aos deputados que foram ao Parlamento apenas “para tentar negar às mulheres e à comunidade LGTBQ os direitos que tem garantidos no resto do Reino Unido”.

Do lado de fora do Parlamento, também havia um grupo pró-aborto que exibia grandes letras brancas que formavam a palavra “Descriminalizado”.

(Com AFP)

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