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Irã pede que potências revisem propostas em negociação nuclear

Por Ali al-Saadi
23 Maio 2012, 17h52

O Irã pediu nesta quarta-feira às grandes potências que revisem suas propostas para possibilitar uma nova rodada de negociações sobre o programa nuclear de Teerã, após um dia de discussões intensas em Bagdá.

“A outra parte terá de aceitar revisar suas propostas”, afirmou. “Por enquanto, os pontos comuns são insuficientes para as negociações prosseguirem” depois da reunião de Bagdá, que será concluída na quinta-feira, declarou o representante da delegação iraniana, criticando os ocidentais que “querem continuar as negociações a todo custo”.

“É necessário ter pontos comuns, bases comuns, com o objetivo de chegar a um acordo antes (do que acontecerá) depois de Bagdá. Caso contrário, do que vamos falar?”, disse a fonte, que pediu para não ser identificada.

Os representantes do Irã e do Grupo 5+1 – formado pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos, China, Rússia, França, Grã-Bretanha) e Alemanha -, reuniram-se em uma residência oficial da Zona Verde, um bairro protegido do centro da capital iraquiana.

O chefe da delegação iraniana, Said Jalili, e a chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, reuniram-se na noite desta quarta-feira, antes de uma nova sessão plenária na quinta-feira, segundo a mesma fonte.

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Segundo o porta-voz de Ashton, Michael Mann, foi apresentado ao Irã um pacote de propostas “interessantes”.

De acordo com a imprensa, estas devem pedir à República Islâmica que suspenda o enriquecimento de urânio a 20%, uma medida que centra boa parte do debate. Tal nível é, no entanto, muito inferior aos 90% necessários para fabricar bombas atômicas.

Os iranianos, por sua vez, apresentaram uma “contra-proposta de cinco pontos, informou um membro de sua delegação.

“Nossas propostas baseiam-se no Tratado de Não Proliferação, no princípio do ‘passo a passo’ e na reciprocidade aceitos em Istambul”, em uma reunião realizada em meados de abril, explicou o representante.

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Em Washington, o Departamento de Estado explicou que a oferta das grandes potências “inclui medidas de confiança que abrirão a porta para que o Irã demonstre que seu programa nuclear tem um objetivo pacífico e se aplica às resoluções do Conselho de Segurança”.

As conversas pretendem moderar as tensões criadas pelas suspeitas de um grupo de países sobre o suposto alcance militar do programa nuclear iraniano, uma questão que faz antever a ameaça de um conflito armado em uma região altamente volátil.

Diante desse extremo, autoridades israelenses, lideradas pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, agitaram a ameaça de operações militares, e expressaram suas dúvidas sobre a eficácia das sanções adotadas há anos contra o Irã.

Anteriormente, Said Jalili disse esperar que as negociações iniciadas nesta quarta-feira, “fundamentadas na cooperação”, constituam “o ponto de partida de uma nova era” nas relações entre os países que participarem das reuniões.

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As discussões ocorrem depois de uma visita realizada na segunda-feira a Teerã pelo diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, na qual se teria chegado a um princípio de acordo entre as partes que está pendente de ser assinado.

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