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Irã deve atender demandas ou enfrentará sanções, ameaça Hillary

Por Da Redação
3 Maio 2010, 19h25

A secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, disse nesta segunda-feira que o Irã deve se adequar às exigências da comunidade internacional e da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) ou irá enfrentar duras sanções.

Em discurso na reunião para a revisão do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP) na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, Hillary discursou de forma enfática contra o Irã. Mais cedo, o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, adotou uma linha ainda mais dura contra os Estados Unidos, pedindo a saída do país da AIEA e a punição de todas as nações que ameacem usar seus arsenais nucleares.

Hillary Clinton disse que as ambições nucleares do Irã colocam o mundo em perigo e que o desafio da República Islâmica diante da Organização das Nações Unidas minam os esforços internacionais para acabar com as armas nucleares.

Em suas declarações, a secretária de Estado americana acusou Ahmadinejad de tentar desviar as atenções. “O Irã fará o que puder para desvirtuar o foco de seu programa nuclear em uma tentativa de evitar as pressões”, disse Hillary. Ela já havia dito anteriormente que os iranianos usariam a conferência da ONU para discursar contra os EUA.

Hillary também disse que o Irã “viola as regras” do TNP e que tal comportamento deve ser punido. “Os potenciais violadores devem saber que pagarão um alto preço por romper as regras”, disse a secretária. Os EUA consideram que os iranianos violam o tratado por não colaborar de maneira transparente com as investigações da AIEA e por isso querem impor sanções contra o regime islâmico.

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O encontro reúne todas as 189 nações signatárias do TNP. Reuniões para revisar o tratado são realizadas a cada cinco anos para reavaliar e verificar a implementação do tratado.

Fundo pacífico – Hillary também anunciou a criação de um fundo de US$ 100 milhões para ajudar a AIEA a ampliar o acesso ao uso civil da energia atômica. A ação é parte da campanha da administração Obama para reforçar os controles internacionais sobre armas nucleares e expandir usos pacíficos da energia nuclear.

Segundo um comunicado do Departamento de Estado, a nova iniciativa iria arrecadar dinheiro para apoiar programas da AIEA que ajudam a desenvolver tecnologias nucleares pacíficas, destinadas a usos médicos. “Os EUA disponibilizaram US$ 50 milhões e irá trabalhar com outros países para alcançar a meta de US$ 100 milhões para a próxima conferência do TNP em 2015�, dizia o texto.

Irã – Em discurso nesta segunda-feira, na abertura da conferência da ONU de revisão do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP), o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, pediu que os Estados Unidos fossem suspensos do comitê executivo da AIEA em razão de suas ameaças de usar armas nucleares.

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Em seu discurso, Ahmadinejad questionou: “Como podem os EUA serem um membro do Conselho de Governadores quando eles usaram armas nucleares contra o Japão?”. O presidente iraniano também defendeu a criação de “um grupo internacional independente, tomando sua autoridade a partir da conferência”. Segundo ele, “o grupo deveria fixar um prazo para a eliminação total das armas nucleares, com um calendário preciso”.

As delegações dos Estados Unidos, do Reino Unido e da França deixaram a sala da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) assim que o presidente iraniano começou a falar. Os três países, membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, apoiam a aplicação de sanções contra o Irã por conta do programa nuclear.

(Com Reuters e Agência Estado)

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