Irã cria quartel-general de ‘guerra psicológica’ no Exército
Para aiatolá iraniano, inimigos querem desestabilizar país com informações

O Irã criou um quartel-general de guerra psicológica, ou ‘guerra branda’, dentro de sua Junta de Chefes de Estado-Maior das Forças Armadas, informou neste sábado o general Massoud Jazayeri. Por ‘guerra branda’ (‘soft war’, em inglês) se entendem as atividades propositais destinadas a transtornar a cultura e idiossincrasia de uma sociedade com fins hostis.
“Devemos aceitar a realidade que os inimigos (em referência a Israel, Estados Unidos e seus aliados) estão mais adiantados que nós e têm mais equipamento, mas carecem de nossa motivação”, afirmou Jazayeri.
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“Nos Estados Unidos, há centenas de grupos de reflexão seguindo a República Islâmica do Irã, como seu principal rival e fazem tudo o que podem para criar obstáculos ao êxito do Irã na guerra branda”, disse o militar.
A chamada ‘guerra branda’ faz parte de uma nova ofensiva do governo iraniano para desacreditar seus oponentes e reeducar os irrequietos jovens do país. O supremo líder da Revolução Islâmica, Ali Khamenei, parece levá-la mais a sério do que um confronto militar real por se embasar em uma antiga acusação – a de que os males domésticos do Irã são resultado da subversão cultural do Ocidente.
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Em novembro de 2009, Khamenei já sublinhava a necessidade de medidas para repelir a ‘guerra branda’ do ‘inimigo’ contra o Irã. “Hoje, a maior prioridade do país é confrontar a guerra branda do inimigo, que tem como objetivo criar dúvida, discórdia e pessimismo nas massas”, disse o aiatolá.
(Com agência EFE)