Investigação por estupro contra Strauss-Kahn é arquivada
Prostituta voltou atrás e qualificou abuso em festa de 'simples jogos sexuais'
A Procuradoria de Lille arquivou nesta terça-feira uma investigação aberta contra o ex-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, sob a acusação de estupro. A investigação foi iniciada depois que uma ‘acompanhante’ acusou DSK (como é conhecido na França) de participar de um estupro coletivo. Segundo os promotores, a jovem voltou atrás e qualificou de “jogo sexual” o que ocorreu em uma festa secreta organizada em um hotel em Washington, em 2010.
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A acusação que foi arquivada na França integrava o chamado Caso Carlton, nome de um hotel de luxo em Lille onde as festas eram realizadas. Strauss-Kahn já admitiu ter participado das festas, mas alega que não tinha conhecimento da participação de prostitutas. Os promotores tentam determinar se essas festas configuraram um estímulo ativo à prostituição, o que é crime na França.
A decisão da Procuradoria não influencia o avanço da instrução empreendida pelos juízes no caso. O Tribunal de Apelação decidirá no dia 28 de novembro se aceita o pedido de DSK para anular o processo, que investiga ainda se houve desvio de fundos, fraude e lavagem de dinheiro na organização das festas secretas.
Esta é a terceira vez que DSK se livra de uma acusação de estupro. Na primeira, a camareira de um hotel de luxo de Nova York o acusou de abuso sexual, mas as acusações foram retiradas depois que a credibilidade da acusadora foi questionada. Em seguida, uma jornalista francesa também o acusou de estupro, mas acabou desistindo do processo.
O escândalo levou DSK a renunciar ao comando do FMI e abrir mão de uma candidatura à Presidência da França. Strauss-Kahn chegou a ser tido como favorito na disputa presidencial e estava prestes a formalizar sua candidatura quando foi preso em Nova York, em maio de 2011, por causa da primeira acusação de estupro.
(Com agências EFE e Reuters)