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Inventor admite que esquartejou jornalista em submarino

Repórter desapareceu no início de agosto, depois de entrar na embarcação para uma entrevista com o empresário

Por Da redação
30 out 2017, 13h03

O inventor Peter Madsen admitiu ter esquartejado a jornalista sueca Kim Wall, desaparecida em meados de agosto e cujos restos apareceram no mar Báltico, a bordo de seu submarino, informou nesta segunda-feira a polícia da Dinamarca. Madsen, de 46 anos, também mudou seu depoimento sobre a morte de Wall, que segundo ele tinha sido provocada pela queda acidental da escotilha do submarino, e assegura agora que ela morreu por intoxicação de monóxido de carbono enquanto ele estava na cobertura do navio.

O desaparecimento de Kim, 30 anos, foi denunciado por seu namorado na madrugada no dia 11 de agosto, 24 horas depois de ela ter entrado no UC3 Nautilus — um submarino de fabricação caseiro de quase 18 metros de comprimento e 40 toneladas — para fazer uma entrevista com o inventor.

Desde o sumiço da jornalista, Madsen mudou inúmeras vezes sua explicação sobre o que teria acontecido. Inicialmente afirmou que a repórter tinha desembarcado horas depois do início da viagem e que o submarino afundou por causa de um erro, mas a polícia logo descobriu que a embarcação foi afundada propositalmente.

Jornalista desaparecida a bordo de submarino em Copenhague
Jornalista sueca Kim Wall, foi vista pela última vez em 10 de agosto, a bordo do submarino UC3 Nautilus, em um porto de Copenhague, na Dinamarca (Tom Wall/TT News Agency/AFP)

O criador do Nautilus afirmou em seguida que a morte foi um acidente. Madsen disse que segurava uma escotilha de 70 quilos enquanto Kim subia as escadas, mas não conseguiu segurar a peça, que teria caído em cima da repórter. “Kim foi gravemente ferida e estava deitada com um sangramento intenso. Havia muito sangue onde ela havia caído”, afirmou ele. O inventor negou ter mantido relação sexual com a jovem, mas admitiu ter levado outras mulheres para o submarino. E também reconheceu ter frequentado ambientes sadomasoquistas no passado.

Em seu depoimento à justiça no começo de setembro, Wall confirmou que o naufrágio foi intencional. Ele disse que pensou em se suicidar após a morte de Kim e que jogou o corpo no mar porque decidiu que não seria “decente” que a jovem tivesse o submarino como túmulo.

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A história, no entanto, não convenceu as autoridades: a polícia da Dinamarca, que localizou de forma separada nos últimos meses partes do corpo de Wall, havia concluído que o tronco da jornalista foi deliberadamente cortado.

Madsen é uma figura conhecida na Dinamarca pelos seus projetos de submarino e por ser o cofundador da firma Copenhagen Suborbitals, criada em 2008 com o objetivo de lançar algum dia ao espaço naves para um só passageiro. Ele está em prisão preventiva sob as acusações de homicídio e tratamento indecente de cadáver.

(com EFE)

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