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Inquérito sobre escândalo não estará completo em um ano

Observação foi feita por juiz, que oficializou abertura das investigações nesta 5ª

Por Da Redação
28 jul 2011, 08h37

Brian Leveson, juiz nomeado pelo primeiro-ministro da Grã-Bretanha, David Cameron, para avaliar o escândalo dos grampos telefônicos envolvendo tabloides britânicos, alertou nesta quinta-feira que não deve ser possível completar o inquérito dentro do prazo previsto de um ano. A investigação pública foi oficialmente aberta nesta quinta-feira, na primeira reunião de Leverson com sua equipe, em Londres, para discutir o caso. As audiências estão marcadas para setembro.

A comissão, que teria até 12 meses para avaliar suas recomendações, analisa em primeiro lugar a legislação relativa aos meios de comunicação e a proteção à vida privada. “Haverá um debate sobre os limites da noção de interesse público”, disse o juiz. A imprensa britânica recorreu a práticas questionáveis, como subterfúgios ou a utilização de escutas ilegais, para obter informações evocando o “interesse público”.

Além de Leveson, a comissão tem seis integrantes: um militante pró-direitos humanos, um policial, um ex-chefe de comissão de comunicações, dois jornalistas e um ex-presidente do jornal Financial Times. Eles terão plenos poderes para convocar testemunhas, que falarão sob juramento.

A partir de outubro serão organizadas mesas redondas sobre ética e as práticas da imprensa. A comissão deve também formular recomendações para delimitar melhor as práticas da imprensa, atualmente autorregulada por uma comissão reconhecidamente ineficiente, a Press Complaints Commission.

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Escândalo – Os membros da comissão deverão prestar contas de seus eventuais vínculos como grupo Murdoch, cujo tabloide News of the World está no coração do escândalo. Ele chegou a ser tirado de circulação depois da revelação de que seus jornalistas grampearam telefones de políticos, celebridades e personagens do noticiário.

O escândalo, que alcançou proporçõs sem precedentes desde a revelação, em 4 de julho, que a caixa de mensagens de voz de uma menina assassinada, Milly Dowler, foi pirateada, atinge também o mundo político, a polícia e a imprensa britânicas. Altos dirigentes da Scotland Yard se viram obrigados a renunciar, entre eles o chefe da força.

A polícia é acusada de ter abafado a primeira investigação iniciada em 2006 e de ter mantido vínculos estreitos com o grupo do magnata Rupert Murdoch.

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