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Indonésia notifica brasileiro condenado por tráfico de drogas sobre execução

Outros sete estrangeiros serão executados por narcotráfico

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 21h34 - Publicado em 25 abr 2015, 10h14

A Indonésia notificou neste sábado nove condenados à morte por narcotráfico – incluindo oito estrangeiros, um deles o brasileiro Rodrigo Gularte – de que serão executados, indicou um porta-voz do Ministério Público. “Agora mesmo acabamos de notificar (a execução) a cada preso, nove pessoas, com exceção de Serge (Atlaoui, o francês)”, disse à AFP Tony Spontana, ressaltando que os fuzilamentos não ocorrerão em menos de três dias. O nome de Atlaoui, que figurava na lista inicial, foi retirado na última hora.

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Em janeiro, Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos, foi fuzilado pelo mesma razão depois de passar mais de uma década no corredor da morte. Condenado em 2004 por tráfico de drogas, ele teve negados os dois pedidos de clemência a que tinha direito. Foi a primeira vez que um brasileiro condenado à pena capital foi executado no exterior.

Gularte está preso desde 2004, quando tentou entrar na Indonésia com 6 quilos de cocaína escondidos em pranchas de surfe. Um ano depois, foi condenado à pena capital. Diagnosticado com esquizofrenia, Gularte tentou por meio de sua defesa ser internado em um hospital psiquiátrico e assim se salvar da pena de morte. De acordo com as leis da Indonésia, portadores de doenças mentais não podem ser executados. Sua prima, Angelita Muxfelt, viajou no início do ano à ilha de Nusakambangan, onde está ele estava preso, com um laudo médico que atesta a doença, realizado a pedido do governo brasileiro.

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O atual governante do país, Joko Widodo, assumiu a presidência em outubro e implantou uma política de tolerância zero para traficantes, prometendo executar os condenados por esse tipo de crime. Ele tem apoio da população, amplamente favorável à pena de morte. “Mandamos uma mensagem clara para os membros dos cartéis do narcotráfico. Não há clemência para os traficantes”, relatou à imprensa local Muhammad Prasetyo, procurador-geral da Indonésia, sobre as execuções.

A posição do governante indonésio é criticada pela Anistia Internacional (AI). “Só 10% dos países recorrem a execuções e a tendência é decrescente desde o fim da II Guerra Mundial. É inaceitável que o governo da Indonésia manipule a vida de dois brasileiros para fins de propaganda de sua política de segurança pública”, disse Atila Roque, diretor-executivo da AI.

(Com agência AFP)

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