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‘Indignados’ ocupam Cinelândia no Rio de Janeiro

Por Por Luciana Bruno
26 out 2011, 16h13

Cerca de 200 pessoas estão acampadas na Cinelândia, região central do Rio de Janeiro, em uma manifestação permanente do movimento “Ocupe Rio”, inspirado nos “indignados” da Espanha e no Ocupe Wall Street de Nova York, constatou um jornalista da AFP.

“2012 fim do mundo capitalista”, “democracia real já”, “por que em uma terra em que tudo dá, há tanta gente passando fome?” são alguns dos cartazes espalhados pela praça, em meio às 65 barracas que abrigam cerca de 200 pessoas, segundo estimativas dos manifestantes, que estão no local desde sábado.

Os “indignados” brasileiros são principalmente estudantes secundaristas, universitários e membros de partidos políticos de esquerda. Há estrangeiros e alguns dos acampados mantêm contato direto pela internet com manifestantes de outros protestos semelhantes que já atingem 82 países.

Organizado principalmente por meio de redes sociais, como Facebook e Twitter, o movimento tem demandas tanto globais como locais. Entre as globais a principal é o “esgotamento do sistema capitalista”.

No âmbito local, citam a pobreza e as remoções forçadas no Rio de Janeiro por conta das obras da Copa do Mundo de futebol de 2014 e das Olimpíadas de 2016, assim como os impactos causados por grandes obras como a da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará.

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Segundo os manifestantes, a organização do acampamento é semelhante à adotada pelos movimentos de Wall Street e da Espanha, com ausência de lideranças, assembleias diárias realizadas no fim do dia – transmitidas pela internet -, grupos de trabalho temáticos e comunicação por meio de sinais durante as reuniões.

“Não dá para combater os sintomas se não combatermos as causas. A causa da maior parte dos problemas do nosso mundo hoje é o sistema capitalista, e é contra ele que protestamos”, disse uma das manifestantes, uma cientista ambiental que não quis se identificar para “não tirar o caráter horizontal do movimento”.

A manifestação é permeada por atividades culturais, como saraus, aulas de ioga e oficinas de estudo. Os manifestantes afirmam que mantêm a limpeza da praça e todo o lixo produzido por eles é reciclado. A ocupação conta ainda cm uma biblioteca com livros doados pelos próprios manifestantes.

O movimento do Rio de Janeiro segue ação semelhante realizada em São Paulo, onde cerca de 150 manifestantes estão acampados desde 15 de outubro debaixo do Viaduto do Chá, no Vale do Anhamgabaú, centro da cidade.

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