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Índia: seis homens são condenados por estupro e morte de menina de 8 anos

Sedada, menor foi vítima de abusos coletivos durante vários dias, antes de ser assassinada e abandonada em uma floresta

Por Da Redação
Atualizado em 10 jun 2019, 14h57 - Publicado em 10 jun 2019, 12h41

Um tribunal da Índia declarou culpados nesta segunda-feira, 10, seis acusados pelo estupro e assassinato de uma menina de oito anos no estado de Jammu e Caxemira, em um caso que comoveu o país.

Ao todo, oito homens hindus foram investigados pelos crimes. Três foram condenados à prisão perpétua, entre eles um ex-funcionário do governo local.

Outros três policiais foram sentenciados a cinco anos de reclusão por destruir provas e aceitar subornos para encobrir os autores dos crimes. Um homem foi absolvido e um menor de idade ainda será sentenciado em um julgamento separado.

A menina assassinada pertencia a uma comunidade nômade muçulmana conhecida como Gurjar e foi raptada em janeiro de 2018 na cidade de Kathua, uma região de maioria hindu de Jammu e Caxemira.

A menor foi sedada e vítima de estupros coletivos durante dias antes de ser assassinada e abandonada em uma floresta. Segundo a investigação policial, a intenção dos autores era mandar uma mensagem à comunidade muçulmana para que não voltasse à região.

O caso despertou uma onda de indignação na Índia, com manifestações pedindo a condenação à morte dos acusados.

Grupos radicais hindus também organizaram atos, mas pedindo a suspensão das investigações. Um grupo de advogados tentou impedir que a polícia apresentasse as acusações em Kathua em abril de 2018.

A repercussão foi tão intensa que as autoridades tiveram de aumentar a segurança dos familiares da vítima e de seus advogados, e transferir o julgamento para o estado vizinho devido ao clima de insegurança.

O julgamento

Todos os acusados são da religião hindu e se declararam inocentes diante da Justiça indiana. Segundo a polícia, o ex-funcionário do governo de Jammu e Caxemira Sanjhi Ram, de 60 anos, planejou o crime.

Ram definiu as ações ao lado de seu filho Vishal, de seu sobrinho e de um amigo de seu filho, identificado como Parvesh Kumar. O sobrinho do ex-funcionário é menor de idade e sua identidade não foi divulgada publicamente.

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Ainda segundo as investigações, Sanjhi Ram teria contatado os policiais Surinder Verma, Anand Dutta, Tilak Raj e Deepak Khajuria para auxiliá-lo a encobrir os atos.

Enquanto Vishal foi inocentado das acusações, Ram, Khajuria e Kumar receberam prisão perpétua. O menor ainda será julgado e os outros três envolvidos foram sentenciados a 5 anos de reclusão.

Uma criança é abusada sexualmente a cada 15 minutos na Índia, de acordo com números divulgados pelo governo em 2016. Desde então, foi registrado um aumento dos crimes contra menores de idade.

A Índia endureceu as leis contra as agressões sexuais depois que uma jovem universitária morreu após ser estuprada em grupo em um ônibus em 2012 em Nova Délhi, fato que comoveu o país e foi além de suas fronteiras.

(Com EFE)

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