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Índia anuncia que vai aumentar a produção de vacinas para outros países

País é lar do maior fabricante de vacinas do mundo, o Instituto Serum, e já forneceu milhões de doses para seu vizinhos

Por Da Redação
Atualizado em 28 jan 2021, 18h37 - Publicado em 28 jan 2021, 18h33

O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, anunciou nesta quinta-feira, 28, que seu país aumentará a produção de vacinas contra o novo coronavírus para exportação.

“Em um futuro próximo, teremos mais vacinas. As vacinas da Índia ajudarão outros países a combater a pandemia”, disse Modi em um discurso ao Fórum de Davos, que este ano está sendo realizado online.

A Índia é lar do maior fabricante de vacinas do mundo, o Instituto Serum, e já forneceu milhões de doses para países asiáticos vizinhos, em uma espécie de diplomacia de vacinas. O país também já fez exportações para o Brasil e o Marrocos.

O Ministério das Relações Exteriores indiano, que confirmou a fala de Modi, anunciou que seus próximos clientes incluem Arábia Saudita, Canadá, África do Sul e Mongólia.

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O anúncio ocorre enquanto as restrições contra o vírus no país de 1,3 bilhão de pessoas foram ainda mais flexibilizadas, contrariando a tendência observada na Europa, Estados Unidos – e até em terras brasileiras. As últimas diretrizes do governo, divulgadas na quarta-feira 27, permitem a reabertura de piscinas e mais de 50% da capacidade dos cinemas (fichinha perto dos festivais religiosos maciços dos últimos meses).

Segundo dados oficiais, o número de infecções e mortes diminui progressivamente. Nas últimas 24 horas, a Índia registrou 123 mortes e 11.666 novas infecções. Quatro meses antes, em setembro passado, mais de 1.000 óbitos e quase 100.000 novos casos eram registrados diariamente. Segundo Modi, o país “evitou uma grande tragédia controlando” a pandemia.

Em comparação, os Estados Unidos registraram contagens diárias de mais de 4.000 mortes nas últimas semanas, enquanto o Reino Unido e o Brasil registraram bem mais de 1.000 óbitos a cada 24 horas.

Contudo, especialistas alertam que o país não está protegido contra um novo pico de infecções, principalmente se atingida por novas variantes do vírus, mais contagiosas.

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“A capacidade de manter a vigilância será crucial para detectar novos surtos devido às novas variantes”, disse Rajib Dasgupta, professor de saúde da Universidade Jawaharlal Nehru, à AFP.

Caso a situação saia do controle, será difícil retornar ao enorme bloqueio nacional feito em março passado, que confinou o bilhão de indianos por mais de um mês. As regras extremamente rigorosas chegaram a ser impostas por meio da intimidação e violência governamental.

O país desistiu da empreitada devido à crise econômica, uma das piores do mundo por conta da pandemia, e permitiu que a maior parte das atividades – e até seus famosos casamentos luxuosos – fossem retomados com algumas poucas restrições.

A imunidade está vindo aos poucos. Uma pesquisa sorológica divulgada pelo governo nesta semana sugeriu que mais de 50% das pessoas na capital, Nova Delhi, já desenvolveram anticorpos contra a Covid-19. Além disso, a campanha de vacinação do país, que começou em 16 de janeiro, já deu a primeira dose a quase 2,4 milhões de profissionais da saúde. O objetivo é inocular 300 milhões de indianos até julho.

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(Com AFP)

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