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Incêndio na Califórnia é o pior da história do estado, com 42 mortos

Segundo foco de incêndio no sul do estado deixou outros dois mortos; Donald Trump declarou “grande catástrofe”

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 20h03 - Publicado em 13 nov 2018, 09h06

O Camp Fireincêndio florestal que devasta o norte da Califórnia, já matou 42 pessoas e se tornou o mais fatal da história do estado da costa oeste dos Estados Unidos.

Milhares de bombeiros lutaram pelo quinto dia consecutivo para conter o incêndio, aos pés das montanhas de Sierra Nevada e ao norte da capital estadual Sacramento, enquanto equipes de emergência localizaram mais corpos nesta terça-feira, 13.

“Hoje foram recuperados os restos mortais de mais treze pessoas, o que eleva o número total de mortos a 42”, disse em entrevista coletiva o xerife do condado de Butte, Kory Honea. “O incêndio é o mais letal na história da Califórnia”, completou.

Apesar da dificuldade para estabelecer comparações devido a algumas inconsistências nos registros, Camp Fire também parece ser o incêndio florestal mais letal em um século nos Estados Unidos, desde que o Cloquet Fire matou quase 1.000 pessoas em Minnesota em 1918.

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Ao menos 4.500 bombeiros de lugares distantes, como os estados de Washington e Texas, estão trabalhando para frear o avanço das chamas, enquanto equipes de busca tentam identificar os restos mortais, às vezes reduzidos a fragmentos de ossos.

Os automóveis que ficaram presos nas chamas foram reduzidos a esqueletos de metal, e pilhas de escombros queimam onde antes havia residências, das quais em alguns casos restam uma parede de tijolos ou uma chaminé.

O incêndio Camp Fire, que afeta uma ampla região do condado de Butte, é o maior e mais devastador de vários focos ativos no estado que provocaram a fuga de mais de 250.000 pessoas e a destruição de 6.400 casas na cidade de Paradise.

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Ao sul, o Woolsey Fire afeta os condados de Ventura  onde fica a cidade de Malibu, residência de várias estrelas de Hollywood  e de Los Angeles.

As autoridades anunciaram no domingo que encontraram duas pessoas mortas em um veículo, vítimas do Woolsey. Ao todo, portanto, ao menos 44 pessoas morreram nos incêndios do norte e sul da Califórnia.

O presidente Donald Trump falou em “uma grande catástrofe no Estado da Califórnia” e ordenou ajuda federal adicional para as áreas afetadas, informou a Casa Branca. A medida libera fundos para os condados de Butte, Los Angeles e Ventura.

Enquanto os moradores da área de Malibu conseguiram retornar para suas casas no fim da noite de domingo, na cidade de Calabasas, mais ao nordeste, os habitantes receberam ordem para se retirar.

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Triste recorde

Camp Fire supera o desastre de Griffith Park, em Los Angeles, ocorrido em 1933 e até agora o incêndio com o maior número de mortos na história da região, de acordo com o Departamento de Bombeiros da Califórnia (Cal Fire).

Alimentado pelos ventos, o Camp Fire se tornou o incêndio mais devastador já registrado na Califórnia, com mais de 67.000 imóveis destruídos, incluindo um hospital em Paradise.

As chamas destruíram 45.000 hectares e foram contidas em apenas 25%, informou o Cal Fire, que calcula que precisará de três semanas para controlar totalmente a situação.

As autoridades não conhecem o paradeiro de 200 pessoas na região de Paradise. Várias zonas afetadas pelas chamas ficaram sem serviço de telefonia celular.

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Apesar de a causa do incêndio ainda não ter sido oficialmente determinada, autoridades do setor elétrico informaram que aconteceu um corte de energia perto do local de origem das chamas, noticiou o jornal Sacramento Bee.

Rápida propagação

Os bombeiros que lutam no sul contra o Woolsey Fire se preparam para a chegada dos perigosos ventos de Santa Ana (secos e quentes), que poderiam alastrar as chamas, segundo as autoridades.

“Hoje temos mais de 8.000 bombeiros federais, estaduais e locais nas linhas de frente”, afirmou Scott Jalbert, comandante do Cal Fire. “Infelizmente, com estes ventos, não terminou. Tenham cuidado”, completou.

O Serviço Nacional de Meteorologia advertiu para condições “extremamente críticas” no combate aos incêndios. As previsões indicam ventos de 80 quilômetros por hora na região costeira da Califórnia e de até 96 quilômetros por hora nas áreas montanhosas.

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Segundo as autoridades locais, a propagação das chamas foi mais rápida desta vez do que em incêndios registrados em outros anos.

“Há dez ou vinte anos você ficava em casa quando acontecia um incêndio e e era capaz de ficar protegido”, disse o comandante dos bombeiros do condado de Ventura, Mark Lawrenson. “Mas as coisas não são como eram. A taxa de propagação é exponencialmente maior do que era. Por favor, considerem as ordens de evacuação”, disse.

O governador da Califórnia, Jerry Brown, também falou sobre o cenário: “Este não é novo normal, este é o novo anormal. E este novo anormal continuará nos próximos dez, quinze ou vinte anos”. “Infelizmente, a melhor ciência nos diz que o calor, a seca, todas estas coisas ficarão mais intensas”.

O Woolsey Fire devorou zonas de Thousand Oaks, onde a comunidade ainda tenta compreender a morte de doze pessoas em um bar de música country depois que um marine veterano abriu fogo.

As chamas consumiram 34.600 hectares, destruíram pelo menos 177 imóveis e estavam controladas em apenas 15%, segundo o Cal Fire.

(Com AFP)

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