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Impeachment de Trump pode levar a mais afastamentos, diz líder do Senado

Presidente da Câmara Alta, Mitch McConnell afirma que a aprovação do impeachment na Câmara pode danificar as instituições do governo americano

Por Julia Braun Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 jul 2020, 19h33 - Publicado em 19 dez 2019, 13h02

O presidente do Senado, Mitch McConnell, afirmou em um discurso nesta quinta-feira, 19, que se a Casa aprovar os artigos de impeachment contra Donald Trump abrirá precedente para que todos os próximos presidentes americanos sejam afastados do cargo.

“A conduta da Câmara pode danificar profundamente as instituições do governo americano”, afirmou o republicano, aliado do presidente. “Se o Senado corroborar com essa baixa na história, abriremos portas para o impeachment de todo futuro presidente”, disse ainda.

McConnell abriu a sessão do Senado nesta quinta após a aprovação na noite de quarta-feira 18 do impeachment de Trump pela Câmara dos Deputados. Os legisladores apoiaram o afastamento do republicano por abuso de poder com  230 votos a favor e 197 contra, depois de sete horas de debates no plenário.

Uma segunda votação deu-se em seguida, referente à acusação de obstrução dos trabalhos de investigação do Congresso, e terminou com 229 votos a favor e 198 contra, com 3 abstenções e uma ausência.

“A presidente da Câmara [Nancy] Pelosi cedeu à tentação que todas as demais Câmara de nossa história conseguiram resistir”, disse McConnell. “Eles acusaram um presidente que alegam não ter cometido um crime real conhecido por nossas leis”.

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O presidente republicano do Senado ainda afirmou que poderia haver uma “crise constitucional” caso o impeachment fosse aprovado na Casa e que os democratas estão pressionado pelo afastamento de Trump porque “estão com raiva”.

Os democratas estão preocupados com os recentes comentários de McConnell, que chegou a afirmar que o planejamento do julgamento na Câmara Alta foi coordenado de perto com a Casa Branca e que Trump seria absolvido rapidamente. Alguns legisladores da oposição temem que McConnell não vá convocar nenhuma testemunha para depor no processo ou sequer tentar reunir novas evidências.

Por esse motivo, na noite de quarta, logo após a aprovação do impeachment na Câmara, a presidente da Casa, Nancy Pelosi, afirmou que considera adiar o envio do processo para julgamento final no Senado. Segundo a democrata, seu partido quer provas de que o caso conduzido pela Câmara Alta será “justo”.

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Candidato à reeleição pelo Partido Republicano em 2020, Trump é acusado pela Câmara dos crimes de abuso de poder e de obstrução dos trabalhos do Congresso. O primeiro tem como base as pressões dele sobre o presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, para investigar a presença do filho de seu potencial adversário eleitoral, Joe Biden, no conselho de uma empresa envolvida em corrupção. O segundo se refere ao veto de Trump ao depoimento de seus colaboradores no inquérito em andamento.

Agora o presidente deve enfrentar julgamento no Senado que determinará ou não sua condenação e consequente remoção do cargo.

O Senado é controlado pelos colegas republicanos de Trump, que em sua maioria defendem o presidente. Uma maioria de dois terços dos presentes na Casa composta por 100 parlamentares é necessária para que o magnata seja condenado, o que implica que cerca de 20 dos 53 senadores republicanos precisariam votar contra o presidente para que ele fosse impedido de continuar no cargo.

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