Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Idosos bloqueiam ruas na Venezuela para exigir pagamento de aposentadoria

Aposentados sofrem para fazer compras básicas de alimentos e medicamentos diante de hiperinflação e da escassez de dinheiro em espécie

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 20h14 - Publicado em 18 jul 2018, 19h45

Apoiados em suas bengalas, sentados em cadeiras de plástico e em pé e de mãos dadas, idosos bloquearam nesta quarta-feira (18), de mãos dadas, as ruas de várias cidades da Venezuela para exigir o pagamento de suas aposentadorias em dinheiro. No centro de Caracas, cerca de 200 aposentados pararam o trânsito na avenida Urdaneta, a poucas quadras do palácio presidencial de Miraflores.

“Não estão pagando a aposentadoria (completa), estão nos pagando apenas dois milhões” de bolívares em espécie, disse Basilio Octo, referindo-se ao valor correspondente a 17 dólares na cotação oficial e a 60 centavos de dólar, no mercado negro. A  quantia – um quarto de sua aposentadoria – só dá para comprar 15 ovos, queixou-se Octo.

Com 68 anos, este homem se uniu à manifestação em Urdaneta depois de permanecer na fila em frente a um banco desde a a madrugada.

Na Venezuela, as células são escassas porque sua impressão não acompanhou a escalada da hiperinflação. Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), a variação de preços ao consumidor pode superar 13.800% neste ano.

Continua após a publicidade

Em alguns mercados, alimentos e produtos básicos – muito escassos nas prateleiras – custam até três vezes menos se forem pagos em dinheiro.

Dezenas de aposentados também protestaram em Ciudad Bolívar (sul), San Francisco e Maracaibo (oeste), onde algumas entidades informaram que o limite de dinheiro em espécie foi fixado pela Superintendência de Bancos.

Firmes, os idosos impediram a passagem de motociclistas que tentavam furar o bloqueio e expulsaram pessoas que expressavam seu apoio ao governo de Nicolás Maduro.

Em 20 de junho, Maduro aumentou o valor das aposentadorias para 4,2 milhões de bolívares. Mas somente um quilo de carne chega a custar cinco milhões de bolívares. Nesta quarta-feira, os aposentados cobraram o efeito retroativo deste aumento, pelo qual deveriam receber o dobro.

Continua após a publicidade

Chorando, Beatriz Mercado, de 79 anos, se questionava o que faria com os dois milhões se, apenas na farmácia, gasta 12 milhões em medicamentos.

Segundo a ONG Observatório Venezuelano de Conflito Social, foram registrados 5.300 protestos na Venezuela no primeiro semestre de 2018.

(Com AFP)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.