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Idosa cristã tem as roupas rasgadas e é carregada nua pelas ruas por muçulmanos no Egito

Grupo de 300 homens atacou uma aldeia cristã copta no sul do país depois de boatos de que um morador do local estaria se relacionando com uma mulher da religião islâmica

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 21h07 - Publicado em 26 Maio 2016, 15h50

Uma mulher cristã de 70 anos foi despida, espancada e exibida publicamente pelas ruas de uma aldeia no sul Egito por um grupo de 300 homens muçulmanos. A multidão também incendiou sete casas pertencentes a famílias cristãs, de acordo com um comunicado da Igreja Ortodoxa Copta local.

O ataque na aldeia de Al Karam foi motivado por boatos na região de que um homem cristão chamado Ashraf Abdu Atiya estaria envolvido em um relacionamento com uma mulher muçulmana. A idosa vítima do linchamento seria mãe de Atiya, de acordo com o jornal britânico Independent, e o homem precisou abandonar a cidade perante as ameaças, que foram denunciadas por seus pais na quinta-feira passada em uma delegacia.

Pelo menos três pessoas foram detidas até o momento e a polícia procura outras dez por envolvimento no ataque, que aconteceu na sexta-feira passada (20). Segundo a diocese, a violência começou às oito da noite, no horário local, e a polícia só respondeu ao chamado duas horas depois, quando o grupo já havia dispersado. Os responsáveis pelo atentado estavam armados e saquearam as residências, antes de atear fogo.

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Perseguição – Os cristãos coptas são de uma ordem religiosa originária no Egito e representam 10% da população do país, porém, são tratados como cidadãos de segunda classe pela maioria muçulmana. O episódio de violência representa as tensões entre as duas religiões na província ao sul do Cairo, onde casos extraconjugais entre cristãos e muçulmanos são tratados como tabu.

Pela primeira vez, a igreja copta criticou as autoridades do país pela negligência com tais ocorrências. Em uma entrevista na noite de quarta, o membro do clero mais importante da província de Minia – onde a aldeia está localizada -, Anba Makarios, disse que se um homem muçulmano estivesse com uma mulher cristã “nada parecido com isso teria acontecido”.

O governador da província de Minia, Tareq Nasr, disse à agência oficial de notícias egípcia Mena que “o Estado não vai aceitar que ocorram estas violações e serão castigados todos os envolvidos”. Já o primeiro-ministro do país, Sherif Ismail, qualificou o fato como “lamentável” e garantiu que tratará o assunto conforme a lei. Por sua parte, o presidente Abdul Fatah al Sisi, ordenou que se reparem os danos causados, estimados em 350 mil libras egípcias (mais de 140 mil reais), em um prazo de um mês e prometeu que o Estado assumirá as despesas.

(Com EFE)

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